A gente vive achando que vai morrer
Ao longo da nossa vida vamos descobrindo intensidade de sentimentos que a gente nem sabia que existiam. Você sempre pensa que a dor não pode piorar. Você sempre pensa que já sentiu a maior felicidade da sua vida. Você sempre pensa que a saudade mais doída já passou. Sinto muito - ou não - por ser eu quem te da essa notícia, mas nenhum sentimento é tão grande que não possa aumentar, porque a nossa alma, assim como nosso pulmão, tem uma propriedade chamada complacência e, portanto, sempre cabe um pouco mais.
Mas, ao olhar de uma maneira bem racional, coisa que eu poucas vezes faço, a gente é uma montanha de sentimentos (embaralhados) cobertos por um corpo; e o que eu quero dizer com isso? Que a gente vive - achando que vai morrer - de amor, de tristeza, de saudade, de angústia, de ansiedade, de felicidade. Será então que quando a gente morre, achando que vai viver, quer dizer que na alma não coube mais nem uma gota de sentimento?