Depois do carnaval

NINGUÉM consegue deletar um sentimento coletivo, uma tradição, uma cultura, uma força que está entranhada na alma do povo (há exceções, claro). Um desses sentimentos é o carnaval. Ele faz parte da nossa cultura, com seus excessos, paralisia da produção. gera transtornos e o escambau. Mas é irreversível. Lembre-se que até em 1919, com a epidemia Gripe Espanhola que matou 600 mi pessoas, oRio fez um dos melhore arnavais de todos os tempos, como conta Ruy Castro no seu novo livro.

Mas, infelizmente, vai chegar a quarta-feira ingrata, a de cinzas, trazendo além da ressaca e da apuração das escolas de samba, a realidade em preto e branco, os problemas, os dramas dos mais pobres e dos "médios", num país em tensão contínua. E agora, afora virá a tentativa de acabar com as prerrogativas do legislativo e do judiciário. Vão tentar fazer isso respaldados em atos de rua, até já marcaram o primeiro para 15 de março, salvo engano. Querem a volta de um instrumento draconiano tipo novo ato 5. Incompetente, amalucado, arbitrário e irresponsável , esse governo de malucos vai tentar convencer o povo que as coisas podem ficar melhores com um legilsativo amordaçado e um judiciário se força.

Farão de tudo para instalar uma ditadura. São capazes de tudo. Lembrem-se que quem usa um corpo clandestino na internet como se fosse o do capitão miliciano morto é capaz de tudo. Os amigos dos milicianos são capazes de tudo. Evoé Momo. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 24/02/2020
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