VOCÊ JÁ OUVIOU FALAR DE AMÉLIA DOMINGOS SOLER? 8h44min.
Esta mulher nasceu e viveu na Espanha, no século XIX * numa época de muita descriminação, pois para as mulheres havia tão somente dois caminhos: casamento, - mesmo que fossem “arranjados” – ou ir para um convento. Ela, alma indomável, não optou por nenhum dos dois...
Infância muito difícil, seu pai falece antes dela nascer, e volta e meia é acometida de uma doença congênita em suas vistas, havia ocasiões que ficava quase “cega”, mas que eram sempre atenuadas por um médico homeopata. Aos 25 anos também perde sua mãe, quando resolve se mudar par a capital Madrid, lá passa por extremas privações, havendo ocasiões que dependia da caridade pública para se alimentar...
Estava, cansada, exaurida e sem esperanças, quando sua falecida mãe aparece a ela, lhe dando palavras de bom ânimo, foi quando resolveu visitar uma igreja Luterana, e lá encontra palavras melhoram o seu estado de espírito.
Mas, em certa ocasião, quis o destino que fosse adentrar num Centro Espirita, visto que Doutrina Espírita estava sendo muito divulgada na Espanha, quando a mediunidade da psicografia ganha destaque em sua vida. Inesperadamente numa habitual sessão de estudos espíritas, surge a excelsa figura do Padre Germano, que se apresenta na condição de seu Guia Espiritual, e começa a escrever por seu intermédio os suas memórias, na realidade as suas vivência quando fora aqui na terra um padre, que durante sua longa vida, exercera com dignidade o sacerdócio...
Jornais espiritas, foram publicando os capítulos, quando foram reunidos em um livro em 1890,* aqui em nosso país teve sua primeira edição da Federação Espírita Brasileira em 1917,* e pelo seu rico conteúdo doutrinário em forma de “romance”, já teve inúmeras reedições da FEB, e de outras editoras...
Esta mulher, além de escritora, pois desde sua infância e adolescência escrevia versos, mas o que realmente garantia sua subsistência era a sua habilidade em costuras...
Se você não leu este livro, - Memórias do Padre Germano – é uma obra de inegável valor doutrinário, pois mesmo em forma de “romance”, tem um grande toque de espiritualidade... Há o seu cão, Sultão, e, com não poderia deixar de acontecer sua amada jovem dos cabelos negros, que por imposição dos pais, veio a se casar com um “nobre”, mas prematuramente veio a falecer, e para o seu sofrimento veio a ser sepultada nos cemitério próximo de sua igreja e muitas vezes no final da tarde ia rezar em túmulo... 09h24min.
Curitiba, 23 de fevereiro de 2020 – Reflexões do Cotidiano – Saul
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Amélia Domingos Soler, nascimento: 10 de novembro 1835, Servilha, Espanha Falecimento: 29 de abril de 1909, Barcelona, Espanha
*Datas e nome compilados da Wikipédia.