O frevo é pernambucano abençoado pelo Senhor do Bonfim
Brincar frevo cansa. E como! Dançar samba cansa. E como! Então os druidas gauleses inventaram uma porção mágica para não deixar o ânimo cair: o frevo canção e o samba-canção.
Dançar o frevo atrás do trio elétrico cansa. E como cansa! Mas o baiano nunca deu trela para o cansaço nem nunca precisou tomar capeta para dançar como se tivesse o diabo no corpo. Contudo, ritmo tão eletrizante não atraía turista nem mesmo sob o efeito do ligante e do capeta. Um dia, um turista disfarçado de baiano procurou o druida-rei e reclamou:
- Ô, meu rei, dançar frevo baiano cansa. Vocês não podem inventar outra dança não?
Então os druidas baianos se reuniram e inventaram a porção mágica para os foliões turistas ruins das pernas: a dança da tartaruga. Milagre maior não poderia ter acontecido: uma multidão de turistas migra para Salvador no carnaval, inchando as cordas dos blocos.
E o baiano que não é besta segue no balanço da dança da manivela, balançando a bundinha na subida do Pelô e catando latinha atrás dos blocos.