Tal pai, tal filho* (20/02/2020)

O deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), subiu ao plenário da câmara, na terça-feira (18), para defender o pai, Jair Bolsonaro, que mais cedo foi acusado de fazer insinuações sexistas contra uma jornalista da Folha de S. Paulo.

A fala do parlamentar aconteceu depois que deputadas foram juntas à tribuna para lerem uma carta de repúdio contra o pai dele, e cujo próprio partido soltou uma nota condenando tal postura: “não favorece a democracia”.

Em seu pronunciamento, o filho de Jair Messias Bolsonaro disse que o discurso proferido pela bancada feminina também revolta. E perguntou onde estavam elas quando o lula falou em mulheres de “grelo duro”. - “Onde vocês estavam?”, vociferou. A oposição, no plenário, gritava: “fascista! Fascista!”. Foi, então, que Eduardo arrematou: “raspa o sovaco, hein? Senão dá um mau cheiro do caramba”, bem ao estilo do papai.

As insinuações do presidente sobre Patrícia Campos Mello, responsável por produzir uma série de reportagens sobre redes sociais estarem sendo financiadas por empresas para promover a candidatura de Bolsonaro em 2018, foram repudiadas por diversas entidades e seus representantes, que consideraram o episódio “um ataque à democracia”.

Como se não bastasse mais esse contratempo, o Eduardo Bolsonaro me vem com essa: “raspa o sovaco, hein? Senão dá um mau cheiro do caramba”. Se as declarações do pai dele não foram de cunho sexual, por que não argumentou que o presidente foi mal interpretado? “Somos a resposta exata do que a gente perguntou”. Salve! Salve! Raul Seixas...

- Ódio se combate com amor. Mas, ao que parece, os “Bolsonaros” são completamente insensíveis. Tal pai, tal filho.