“A vida imitando a arte”* (19/02/2020)
"A vida é bela", estrelado e dirigido por Roberto Benigni, é realmente uma obra prima do cinema moderno. A película italiana foi premiada com o Oscar de melhor filme estrangeiro, em 1999, mesmo com a utilização da comédia como abordagem para o enredo da segunda guerra mundial.
“O judeu Guido e seu filho Giosué são levados para um campo de concentração Nazista. Afastado da mulher, ele tem que usar sua imaginação para fazer o menino acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência que os cercam”.
Eu vi o filme e recomendo, mas isso não vem ao caso agora.
Na Síria, em guerra civil desde março de 2011, um morador da província de Idlib, que está sob intenso bombardeio, inventou uma brincadeira para a filha de apenas 3 anos e postou nas redes sociais.
Abdullah Mohammad diz à menina que o barulho que ela está ouvindo é de fogos de artifício e, por isso, não há o que temer. Pela imaturidade e relação de confiança, inocentemente, ela desata a rir com o estampido das bombas, cada vez mais próximas.
Tirando o fato de que, na Itália da vida real, morreram 444. 500 pessoas entre civis e militares, durante a segunda guerra mundial, esse roteiro bem poderia ser descrito, em contrário: “a vida imitando a arte”, embora de gênero dramático.