A CHAVE DO TEMPLO OCULTO
Vaticínio geralmente inflige a pioneiros, desprezo e isolamento; dianteiros que arcam com o estigma de subverter a ordem e o paradigma dominante, por conceberem nova chave.
No estudo, no evolver, assim como no ramo da exploração, o tempo eletrizante chega quando uma nova região é destrancada pela descoberta de uma nova chave. E esta chave terá um novo signo, palavra que para a ciência é uma hipótese, para a linguagem natural será usada para comunicar uma ideia, um novo Eros.
Nessa região destrancada, tal qual um templo sagrado, a chave abre a porta que corrobora ambiente sombrio, mas instigante, convidativo; e a medida que se adapta a parca luz, delineiam janelas originais, que se motivam abrir, abastando iluminação sob a nave do saber. E dos peitoris das janelas, após árduo perguntar, buscar, pesquisar e apreender, uma nova natureza de desconhecidas chaves se ascende.
Assim se crea um novo hólon, pois o contexto e conteúdo do “quarto/templo” foi diferenciado, diferenciação iniciada com a abertura da porta que expôs o novo Eros, e terminada com a abertura de todas as janelas, momento que Thânatos cerra a porta atrás de si. E da janela que consentir nova chave, tudo se repetirá, em ciclos, em epistemes de evolvimento.
Os desbravadores que pressentem solitariamente a necessidade de novo Eros, se morre em Thânatos e audazmente abre a porta, adentra e compartilha janelas. Hoje se sabe que a última delas estará aberta quando o centésimo macaco sorrir.