SEU JAIR, O GALO DOIDO
Cena do galo 1: Na apresentação de um jogador do time masculino e das jogadoras do time feminino, o funcionário do Clube Atlético Mineiro que representava o mascote Galo Doido, teve um ato machista e assediou uma das atletas. O clube afastou o funcionário.
Cena do galo 2: “Todo mundo ia atrás de galinha no galinheiro na minha cidade. Alguns mais malandros, iam atrás da bezerrinha, da jumentinha. Era comum. Não tinha mulher como tem hoje”. Quem declarou isso foi o ex-deputado federal Jair Bolsonaro. O Brasil o fez presidente.
Seu Jair insultou a jornalista Patrícia Campos Mello da Folha de São Paulo que fez matéria sobre fake news em sua campanha: “Ela queria um furo. Ela queria dar o furo a qualquer preço”. A Folha publicou: “O presidente da República agride a repórter e todo o jornalismo profissional com sua atitude. Vilipendia também a dignidade, a honra e o decoro que a lei exige do exercício da Presidência”.
A vulgaridade do presidente não tem precedente, sua insistência em se insinuar sexualmente em tom jocoso acentua sua incapacidade de lhe dar com os fatos, está sempre tentando a autoafirmação através da masculinidade conflituosa e desprezo e desrespeito às mulheres. Reproduzindo o psicanalista belga Serge André: “se o falo tem relação íntima com o órgão masculino, é na medida em que designa o pênis enquanto faltoso ou suscetível de vir faltar”.
Em tempo, as deputadas e senadoras do Congresso Nacional estão discutindo o pedido de impeachment de Jair Bolsonaro, que será protocolado nos próximos dias e entregue ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Com vários crimes de responsabilidade, quebra de decoro, além da sombra da milícia, o galo doido Jair Bolsonaro, precisa responder por tudo isso.
Ricardo Mezavila