A OUTRA FACE

Os esquerdistas costumam apresentar o comunismo e seus anexos como a redenção da espécie humana em termos de convivência, oportunidades e principalmente de igualdade fraterna numa sociedade com organização bem diferente da nossa, conforme os versos:

“O crime de rico a lei o cobre /O Estado esmaga o oprimido /Não há direitos para o pobre/ Ao rico tudo é permitido/ À opressão não mais sujeitos/ Somos iguais todos os seres/

Não mais deveres sem direitos/ Não mais direitos sem deveres! Bem unido façamos/ Nesta luta final/ Uma terra sem amos/ A internacional”

Essas ideias descritas em papel ou em discursos inflamados são de encantar qualquer sujeito que tenha o mínimo de respeito pelo próximo, como foi o ideal Liberté, égalité, fraternité para os franceses e que culminou com a tomada da bastilha em 14 de julho de 1789;

a revolução bolchevique instalada definitivamente na Rússia em outubro de 1917;

a revolução cultural de Mao Tse-Tung a partir de 1946;

a tomada do poder por Fidel Castro em 1956 e a República Bolivariana de Hugo Chaves em 1999, mas há a outra face sempre ocultada nos subterrâneos do poder pela perpetuação dos membros do alto clero nos postos de comando para a ocultação de privilégios e acumulação de riquezas.

Para o populacho dos países em que foram instalados os nefandos regimes comunista ou socialista nada mudou ou se mudou foi para pior, porque com a escassez motivada pela baixa produção, tudo e qualquer coisa precisa do controle estatal, com distribuição de carnês com as cotas por famílias convenientemente manipuladas pelo pessoal da cúpula do partido soberano e intocável que, associado aos especuladores, banqueiros e capitalistas disfarçados de comunistas, acumulam fortunas em paraísos fiscais.

Todos nós sabemos que na economia liberal quem define os preços é o mercado consumidor, mas nas economias fechadas dos esquerdopatas os preços são definidos de acordo com as propinas que cada setor deve levar para casa.

Nós vimos isso acontecer no Brasil desde a saída do Presidente João Figueiredo, último dos militares.

Em economia, não existe nada mais lucrativo do que não estar submetido às regras do mercado, seja por monopólios ou oligopólios onde tudo se combina “entre amigos”.

Foram as definições dos preços e o controle da produção as razões pelas quais surgiram tantos milionários russos depois que Gorbachev chutou o pau da barraca e pôs fim à falácia do comunismo que deu certo ou dos endinheirados chineses que “apareceram do nada” depois da abertura promovida por Deng Xiaoping.

É por essa razão, por essa outra face dos regimes totalitários que há tantos magnatas nos cinco continentes, George Soros no meio deles, que achando pouco o que têm, querem que o mundo se torne uma só aldeia socialista regida por “marionetes progressistas” que farão suas contas engordarem a cada dia mais e mais.

A terceira Lei de Newton, com a devida licença poética, também pode ser aplicada na Sociologia e por conta das redes sociais, que escancaram tudo, está de alguma forma alertando a população para o engodo global.

Estamos assistindo nas últimas eleições, em redutos improváveis, um fluxo das ideias liberais direitistas tomando espaços antes reservados exclusivamente às ideias dos esquerdopatas vermelhos.

Talvez a “terra sem amos” decantada pela Internacional surja como consequência da livre iniciativa, da meritocracia, da liberdade individual de escolha e sob a égide da verdade dos fatos como eles são.

GLOSSÁRIO

A Internacional (hino)