O ECO DE UM ELOGIO SEM PROCEDÊNCIA. ("A mulher aprende a odiar na medida em que desaprende de encantar." — Friedrich Nietzsche)
Em tempos atuais, na dispensação do feminismo exacerbado, não me arrisco nem mesmo para os cumprimentos mais simples, ainda mais os elogios não solicitados, furto-me! Tudo que um velho feio e pobre disser a uma mulher qualquer será tomado por assédio sexual. Por outro lado, o bonitão, jovem e malhadão, vivendo às custas dos pais, repetindo uma estrofe do seu funk preferido, diz e faz horrores a elas; porém, chamam isso de cantada criativa, música aos ouvidos delas. É o politicamente correto! "A vida fica bem mais fácil quando é cantada" — diz Zac Efron. Confirma a sua preferência com repugnância Annynha Rodrigues: "Solteira: sim, recebendo cantada de gente feia: sempre!" E eu termino tentando imitar os bons e bem sucedidos, mas minha estrofe é essa: "Como pode um peixe vivo viver fora da água fria?" Por mais caloroso que eu chegue, recebo um balde de água gelada. Meu caso não é exceção, mas, o caso de muitos sem fama e sem dinheiro. Todavia, nem tudo está perdido, existem, muito raramente, mulheres prudentes com qualidade suficiente para merecer e se reconhecer digna de uma apreciação sincera. É o caso das verdadeiramente empoderadas, dignas de elogios. "Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas." — Sêneca. (CiFA