O TEMPO. A VIDA. A IGREJA.

“Vejo a dor de meus filhos quando tentam entender a passagem da vida e o fim da vida. Lucian que tinha seis anos quando escrevi essas linhas, pensa obsessivamente sobre a morte desde os quatro. A morte parece absurda quando o tempo é eterno. “O que acontece depois da gente morrer?” é uma pergunta que a maioria dos pais escuta. Lucian está convencido que retornamos. Só não sabe se retornamos a mesma pessoa ou outra. A repetição acalma e conforta. Com o tempo linear aumenta a angústia da existência, já que com apenas uma vida temos uma única chance de sermos felizes”. “A Ilha do Conhecimento, obra de Marcelo Gleiser, físico e astrônomo brasileiro que foi anunciado como o grande vencedor do Prêmio Templeton 2019, uma espécie de “Nobel da espiritualidade” já recebido por Madre Teresa de Calcutá e Dalai Lama. De acordo com a fundação Templeton, a honraria é entregue a profissionais que tenham feito “uma contribuição excepcional para afirmar a dimensão espiritual da vida, seja por insights, descoberta ou trabalhos práticos.

Ronda cérebros medianos ou não, infantis ou maduros, essa incógnita que se traduz em porta lacrada por uma inteligência superior que tudo criou, e mesmo o falado big bang, a teoria inicial da “Grande Expansão”.

O “nada se cria tudo se transforma” cede ao Movimento Inicial que tudo criou, pois tudo há de ser criado, e o que foi criado tem um criador, e a criação se faz através de movimentos, de algo que se transforma em algo, TUDO, então houve um Primeiro Movimento. Não é difícil de entender essa FACILIDADE da existência necessária de um movimento em tudo que se transforma.

E a liberdade do movimento, nascido da vontade que se projeta no mundo exterior, é dos mais ou o mais excelente predicamento que se concedeu à natureza humana. Por isso grilhões de qualquer natureza não resistem às oposições. É desta vida que chega e indaga-se para onde vai que se farta o movimento para ser feliz. E não há felicidade sem liberdade, ou movimento negativo à liberdade que se configure em felicidade. Ninguém não liberto em sua vontade pode ser feliz. E a vida eterna é questão de indagação sob as bases da felicidade na qual se vive ou infelicidade pela liberdade negada. Uma outra vida fica entre a dúvida cartesiana e a sabedoria dos bons, como o filho do físico que quer a volta e o encontro com a família em que é feliz, pois tem liberdade.

Qual o Espírito que nos reuniria mais uma vez em torno da confraria da inteligência concedida sob o manto áureo da liberdade?

Tudo iria na melhor das doçuras, nos ventos da sinceridade, na distância das políticas, se não fossem os fariseus que voltam sempre, presenciais e vorazes, enroupados de púrpura e encabeçados de mitra, como na idade média. Estou certo que ficaram no passado.

O tempo a tudo preside e testemunha, e sabe que o homem vem caminhando para ser definitivamente bom. Estão aí o escravismo formal erradicado e as normas, PELO MENOS ENUNCIANDO, os direitos de dignidade humana. A codificação, a intenção já é passo largo no tempo.

A alma dos eleitos está na simplicidade verdadeira que não repele a floração das honras nem invade domínios que excedem competências que revelam a contrariedade aos ensinamentos do Cristo.

Estou certo que a Igreja da Idade Média é puro passado e dorme na história.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 17/02/2020
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