O PAPA FRANCISCO E SEU CONFRONTO COM O NOSSO PAÍS
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Segunda-feira, 17 de Fevereiro de 2020
Pelo menos em termos teóricos todo o brasileiro deve ter conhecimento de que o nosso país é considerado um Estado laico. Isso representa dizer que religião não pode ter nenhuma influência em sua gestão pública.
Mas entre a teoria e a prática isso não representa a verdadeira situação que observamos nele, porque já começa pela prática de feriados religiosos que param o país nos dias em que são comemorados.
Inclusive, como sabemos, há a informação de que o Brasil possui uma Padroeira, Nossa Senhora de Aparecida, cujo dia da comemoração dessa efeméride é 12 de Outubro, e o país para completamente.
Mas o que se quer colocar aqui nesta matéria é a visita do ex-presidente Lula ao Papa Francisco nesses dias atrás, quando foi à Roma ter um encontro com Sua Eminência, mesmo na condição de um presidiário em liberdade provisória, como é o caso dele.
Não sendo especialista nessa área, não é possível traçar parâmetros se foi uma situação normal ou não, devido à condição em que o ex-presidente se encontra judicialmente. Mas o Papa deve muito bem saber dessa situação, e mesmo assim o recebeu, manifestando-lhe, teoricamente, apoio a ele.
Com isso criou um certo desconforto junto às autoridades brasileiras, porque passou por cima de uma situação bem definida, haja vista que o Lula está na condição de presidiário e não de ex-presidente do país.
As próprias autoridades nacionais não deveriam permitir tal encontro. A bem da verdade tal ato pode ser considerado como uma verdadeira afronta do condenado às autoridades de seu país. Mas vá lá se dormir com um imbróglio desses.
E este, mesmo em liberdade provisória, tem andado por diversas regiões da nação, fazendo manifestações agressivas contra as autoridades legais, inclusive com ofensas a alguns membros dela. E um dos casos específicos é o do Ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Então, a complicação fica para o cidadão comum brasileiro, que vê uma situação mais do que inusitada, onde um criminoso em liberdade provisória, age como se fosse totalmente inocente dos crimes aos quais foi condenado. E tal condição abrange uma condenação em segunda instância.
Enfim, são daquelas coisas que, infelizmente, só acontecem ao Brasil. Durma-se com um barulho desses...
Em tempo: atendendo aos reparos do colega recantista, Miguel Carqueija, fiz as devidas reparações. Onde se lia "Papa Bento XVI" e "país". E, claro, agradeço tais observações.