O show de horrores sempre volta em tempos de eleição* (17/02/2020)
Entre 1840 e 1970 existia um espetáculo de aberrações chamado “show de horrores”, que consistia na exibição de humanos dotados de algum tipo de doença relacionada a mutações genéticas e/ou defeitos físicos.
Geralmente, essas aparições públicas ocorriam em circos que percorriam o mundo todo. Dentre as atrações mais recorrentes, havia: mulheres barbadas, gêmeos xifópagos e casos de teratologia, e os donos do "espetáculo" tiravam proveito dessas anomalias, que não têm nada de engraçadas, oferecendo-as à tietagem, fotos e comentários.
O homem mais alto do Brasil, com seus 2,37 metros, esteve ontem (16) na zona rural de Itapetim, sertão de Pernambuco, comemorando a chegada do médico Túlio Carvalho, a Brejinho (PE), sua terra natal. Joelison Fernandes da Silva, o “Ninão”, que sofre de gigantismo, um distúrbio de origem hormonal ou genético que ocorre principalmente devido à liberação em excesso do hormônio do crescimento, foi a atração do público que esteve no sítio Lage do Agostinho, participando da festa do “bom filho a casa torna”.
Mesmo numa cadeira de rodas por causa de um problema de saúde, as pessoas fizeram fila para tirar fotos ao lado do "gigante de Assunção (PB)", que agora cobra cachê por suas aparições, ofuscando, inclusive, o retorno do doutorzinho que, só para constar, é de uma família tradicional de políticos da cidade.
O "show de horrores" sempre volta em tempos de eleição... – Não por você, “Ninão”, imagine... - Não por você.