Louco é quem não é feliz!* (14/02/2020)
Um texto de Nalva Santos, professora da Rede Pública Municipal, nas redes sociais, chamou-me a atenção, por sua forma humana e feliz de denunciar uma cena cotidiana: após presenciar o popular “magia”, que vive a correr pelas ruas de Patos, meio dia em ponto, “atrapalhando o trânsito”...como diria Chico Buarque, ela desabafou:
“Muitas vezes meu pensamento vai além da realidade. Fico indignada com situações que não dependem de mim. A minha irmã fala para que eu não carregue o mundo nas costas. Eu por alguns momentos me tranquilizo, mas, de repente estou no sinal e me deparo com aquele homem deitado no chão quente. Falo de “magia”, uma “figura folclórica”, rotulada assim pela sociedade...- Essa mesma sociedade que, dadas as circunstâncias, não enxerga que ele pode estar pedindo socorro e não querendo chamar atenção. É estarrecedor enxergar essa situação e, simplesmente, ignorar, pois “eu estou bem” e “não tenho uma pessoa na minha família que atrapalha o trânsito”. Se dói em mim? Muito”.
Philippe Pinel, o pai da psiquiatria moderna - Cujo sobrenome virou sinônimo de loucura, diz que louco "é aquele sujeito que perdeu a razão, que tem pensamentos e ações sem sentido e comportamentos distorcidos que fogem à regra". Vivemos uma linha tênue entre o equilíbrio e o desequilíbrio e esse estressor está nos deixando mesmo cada vez mais “pinel”, mas louco também é quem não é feliz; não é feliz!!