O VALOR DE UM RISO
O preço de um riso - O que seria o sinal de alegria, felicidade, talvez, animosidade, se tornara um quase crime para mim.
Hoje aqui no lugar, santo local onde ganho o meu pão me deparei com o fato, o real fato.
Um senhor ao qual devo e faço o maior respeito me disse que aqui não há mosquitos.
Cara, então só faltou dizer que eu arrumei o mosquito da dengue em minha casa e o trouxe para cá.
Fato, sim, posso ter contraído a dengue lá, mais também é fato.
Aqui há uns dois meses atrás estava o inferninho de mosquitos.
Tudo por causa de um produto para repelir o dito cujo.
A história desse produto, já gerou para mim diversos falatórios.
Tudo por que eu indaguei que poderíamos ter uma politica de prevenção contra a dengue.
Para que dizer isso, num páis onde ainda se cultua, primeiro crime depois a segurança, negros não podem opinar, tampouco se torna desacreditável qualquer fala destes.
Mais ainda sou desses que acredita no tal mundo globalizado, onde todos possam ter e dizer suas opiniões.
Bem, o que ficou hoje de lição é que ainda me encontro preso aos grilhões da tão presenciável escravidão.
Ou pós escravidão, o que ainda faz o titulo pesar mais, sorrir ou gargalhar faz para qualquer um ser de posição supeiror pegar o chicote do aceite social.
Ainda trago comigo as marcas de um passado sofrível.
Agora irei carregar mais um motivo para não acreditar que este sistema em que se dizem, patrão e empregado sendo amigos.
Pura balela, ainda ele trazem o julgo e o desmantelo para cima dos fracos.
Rir jamais, é imperdoável, mais ficar com dengue desde que seja do mosquito caseiro, ai sim.
Tudo bem, afinal somos o povo que ficou famoso por atravessar mares em porões fétidos e receber ainda hoje todo tipo de açoites.
Sejam bem vindos ao país tropical onde a saúde se faz melhor para quem for Claro em pele.
Queria poder dizer, sou livre, mais não, ainda estou preso a laços muito fortes do que aqueles que laçaram os primeiros dos meus.
08022020.........