"Meu Computador Tem Sentimentos (e ele me odeia)"

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13 de fevereiro de 2020

02:45

Acontece sempre quando consigo parar de pensar… E deixo os Goblins saírem de minha cabeça, irem passear e distribuir suas paranoias na cabeça de algum outro cidadão insone. Um banho me relaxa, uma música profunda ou um passeio sozinho pelas ruas da cidade…

Daí eu fico cheio de ideias e às vezes – muitas vezes – elas estão muiiiito mais ligeiras do que meu computador, que como eu já disse em algum texto passado… consegue ser mais lento que uma máquina de escrever.

É por isso que geralmente ando com um caderninho na rua…

Só que no banho, POR ENQUANTO, não dá pra levar caderno. Eu me enxugo na velocidade da luz, visto uma bermuda e me sento no computador, aguardando TUDO funcionar. Bloco de notas (Word rápido? Esqueça!) trava, internet (pra fazer pesquisas, no caso de críticas de livros de terror ou histórias mais longas) TRAVA, Spotify (música clássica e rock: combustível de escritor), Windows Media Player... TRAVA!

Eu fico sentado balançando as duas pernas, com as mãos entre elas, mordendo o lábio inferior como se estivesse prendendo o xixi (mas é "só" ódio), e sempre me vêm um pensamento: “Se eu estivesse pra enlouquecer, o estopim... seria agora.". Minha memória não é boa… Quando a porcaria do computador finalmente volta à vida, eu não me lembro de mais nada… Aí fico divagando bestagens, como essa agora…

Gelatina de morango, bestagem, chá de maçã com canela, bestagem, cama confortával, casa arrumada, banho quente, bestagem... o mundo é uma bestagem. Odeio literatura.