CONJECTURAS

Algumas vezes vejo entrevistas de idosos centenários que beberam e fumaram durante uma vida inteira e, com certa saúde, se vangloriam disso. Não sei até que ponto os vícios e costumes dos povos influenciam em sua longevidade. Os que morriam nem tinham suas doenças diagnosticadas, obrigando o povo criar a expressão do “chegou a hora”, “Deus quis”, “não se cuidava”, “não ... não... não...”. Será que a crença que nascemos já com o roteiro escrito não explica melhor essa incógnita? Minha mãe dizia que meu avô morreu porque não quis mais comer. Ela tinha motivo, pois queria que a gente se alimentasse e não ficasse enchendo o estômago com o que ela chamava de “porcarias”, pois guloseimas não alimentavam ninguém. Tirando os motivos dela de lado, hoje vejo dezenas de crianças só comendo produtos industrializados e as mães nem ligando, afinal é bem melhor deixar as crianças comendo o que querem do que ficar com restrições. Simples e prático. Quando adultos eles que procurem um nutricionista, se forem preocupados com sua saúde. Aí volto ao meu conceito sobre nosso roteiro já escrito: nasci com programação para 90 anos, o que mudará se viver sem regras? Pelos meus cálculos, a última metade desses anos serão passados sob efeito de remédios e em salas de espera de hospitais. Infelizmente!

Ana Toledo
Enviado por Ana Toledo em 13/02/2020
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