A dama e Malu

O reino da princesa encantada e dos contos de fadas foram para os anais das fábulas, e era uma vez Cinderela. A imagem delicada e frágil do gênero foi modificada quando no mundo real uma mulher ocupou o cargo de primeiro-ministro, da Grã-Bretanha. Não se tratava de uma rainha de sangue azul ou escolhida por Deus, mas da Dama de Ferro, Margareth Thatcher. Nesta atmosfera de mudanças surgiam outras personalidades; no Irã, Aiotolá Khomeini com um regime fundamentalista islâmico severo, sem tapetes voadores e sem emoção; em Uganda, o bruxo, ditador e excêntrico, Idi Amin perdeu o poder depois de oito anos de maldade e foi denunciado por matar dezenas de milhares de pessoas; no Brasil, o último soldado de chumbo, João Baptista Figueiredo assumia à presidência. Ele foi autor da frase: eu prendo e arrebento; recado para os contrários à lei da anistia geral assinada em seu governo. Fora os assuntos de estado, no ramo de entretenimento, a rede globo lançou a série: Malu Mulher; mais uma vez, a mulher despontou como personagem forte, decidida e desgarrada da figura masculina; ao som de começar de novo, interpretada pela sensual, Simone. Em 1979, a calçada da fama ganhou muitas assinaturas, também perdeu algumas; entre as perdas temos a jornalista, Márcia Mendes; o escritor e teatrólogo, Procópio Ferreira; o ator, John Wayne; e o criminoso de guerra, Josef Mengele.

Jaciara Dias
Enviado por Jaciara Dias em 12/02/2020
Reeditado em 24/08/2020
Código do texto: T6864464
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