Pequenas histórias 189
Cabeças de dispersam
Cabeças se dispersam no ambiente de contas entre risos disfarçando alguma alegria. Lá fora o sol estampa a claridade natural comunicando que a vida continua apesar de ser uma só. Os infatigáveis objetos presenciam a solenidade de todo o mês na mudez material. Flutuações sonoras encobrem flatulências de realizações abortadas durante o caminhar de sobrevivente eterno.
A cidade explode raios irisantes de tortura deformando meninos de plásticos nos faróis com suas arrogâncias de famintos. Zumbis deflagrados pela tecnologia apertam botões alimentando suas intelectualidades imbecis urrando de alegria a cada gol de vitória.
Entre a multidão não vejo você. Não a vejo. Deixei de vê-la, não por minha vontade, mas devido ao medo de perdê-la na inconstância do sentido em não tê-la tão perto de mim como deveria ser.
A placa desprendeu-se do céu e inocentes morreram. Ele foi o único que se salvou. E aterrorizado descobriu que ainda a amava.