A PROCURA DA FELICIDADE

O filme intitulado “A Procura da Felicidade”, lançado no Brasil no ano de 2007 foi baseado em uma história real e faz sucesso ainda hoje. Na verdade, a felicidade é uma busca incessante de todo ser humano. Definir esse sentimento prazeroso talvez seja mais difícil que encontrar. Há quem o explique como um estado durável da plenitude satisfação e equilíbrio físico e psíquico. Cabe lembrar que o tema em pauta é algo muito subjetivo. A minha satisfação pode não ser a sua e mais complexo ainda é afirmar que, o que me traz prazer hoje pode não mais me trazer amanhã.

Esse tema já era antes de Cristo objeto de estudo de filósofos. Sócrates explicava a felicidade como além da necessidade do corpo e da alma que só podia ser atingido por meio de uma conduta virtuosa e justa. Psicólogos e os budistas acreditam ser o resultado de um treinamento mental.

O significado desse estado de espírito tem mudado em diferentes períodos históricos e cada vez mais parece que se torna difícil de alcançá-lo. Nota-se uma verdadeiro insatisfação não só nos jovens, mas no homem em si, que precisa mais do que uma casinha branca no alto da serra com um coqueiro ao lado para se sentir bem. Em 1975, para o cantor Agepê quando ele lançou a música “Casinha Branca” parecia muito simples estar de bem com a vida. Andar sem temor pela vida e sentir o calor de se ter liberdade, isso era a felicidade nos anos 1977, assim dizia “Os Incríveis”, banda de rock de grande sucesso dessa época. Vinicius de Moraes e Tom Jobim também usaram esse tema em suas músicas afirmando que tristeza não tem fim, felicidade sim.

Com a inserção da tecnologia no século XX o conceito de felicidade sofreu transformações diante da conjuntura do processo de globalização e consequentemente da sociedade de consumo. A satisfação pessoal e social passou a ficar extremamente relacionada a aquisição de bens materiais. E aí vem aquela perguntinha básica. O dinheiro traz felicidade? Pessoas bem-sucedidas são felizes?

Não é difícil responder a tais perguntas se pararmos para refletir sobre a sociedade contemporânea. Pessoas de poder aquisitivo depressivas e jovens de famílias abastecidas infelizes são comuns no cenário atual. Sabe-se também que não é o sucesso que traz a felicidade, mas sim a felicidade que traz o sucesso.

No mundo dos negócios todos procuram crescer, assegurar seu lugar no mercado, conquistar clientes e para tanto nesse mundo tão competitivo é importante que tenhamos líderes motivados. Pessoas motivadas são pessoas felizes. E essa é uma grande preocupação nos dias atuais principalmente das instituições de ensino superior que precisam colocar profissionais felizes no mercado o que é tarefa muito difícil.

O ingresso nas universidades está acontecendo cada vez mais cedo. Os jovens não tem nem maturidade de escolher a profissão que precisa abraçar. Muitos deixam a casa dos pais para fazer o curso em outras localidades, abrindo mão do conforto para assumir uma vida totalmente nova o que leva o estudante a uma transformação radical no seu cotidiano. A universidade também causa impacto ao aluno. Ele tem que se responsabilizar pelo seu futuro longe dos pais e sem aquela vigilância e cobrança constante do professor como acontecia no ensino fundamental e médio.

Para minimizar esse quadro as universidades passaram oferecer a disciplina FELICIDADE no seu currículo com o objetivo levar o estudante a encontrar sua satisfação pessoal e profissional e consequentemente aprender a se conhecer melhor e a lidar com ansiedade, a depressão, o medo do fracasso e outras situações que os afligem.

Seguindo o modelo da Universidade de Harvard a Universidade de Brasília UNB ministrou pela primeira vez essa disciplina no segundo semestre de 2018. A Universidade Federal do Piauí também já fez essa experiência nesse ano de 2019 no Campus Ministro Petrônio Portela em Teresina. A professora Maria Dilma Ponte de Brito do Campus Ministro Reis Velloso em Parnaíba solicitou que fosse incluída como disciplina optativa no novo Plano Pedagógico do Curso de Administração que está sendo trabalhado no corrente ano de 2019. Ajudar o aluno a identificar novos caminhos, trabalhar o equilíbrio emocional e consequentemente encontrar a felicidade, é o que a disciplina pretende.

“O SUCESSO NÃO TRAZ FELICIDADE É A FELICIDADE QUE LEVA AO SUCESSO”.

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 11/02/2020
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