Chuva
Saí. Olhei, o céu nublado. Um domingo – a tarde já indo embora – apanhei o ônibus. Segui.
Desci, caminhei pela calçada, despreocupadamente.
Eis, à frente vi um gato, na calçada. Passei por ele – ele me olhou, também despreocupado.
Segui. Tempo nublado, o começo de ano é assim aqui pelo norte, bastante água (chuva). Até abril, maio.
Continuei, prossegui a caminhada. Cheguei a um semáforo, parei, estava no verde (para os veículos).
Esperei, os carros passavam. Eu aguardando, pensando em alguma coisa, não lembro agora o quê.
O vermelho para os carros. Ao lado um cidadão cego. Disse a ele: ---- Quer que eu o atravesse?
------- Não, amigo, obrigado. Já estou acostumado a atravessar aqui...
Eu segui. Atravessei, tarde nublada. O cego também atravessou, tomando outro rumo.
Andei mais um pouco, chegando à igreja. Entrei, sentei. A chuva caiu, forte.
Voltei pra casa – sem chuva, ela havia parado. E os que estavam na igreja certamente fizeram o mesmo. Chuva à tarde ou à noite é boa para a gente dormir, faz um friozinho legal, maneiro.