Anne
Uma amiga recomendou assistir a série da Netflix, Anne. Eu fiquei animada. Estou vendo e chorando litros... É que identifico com Anne em algumas coisas, como as sardas. E a capacidade que ela tem de sonhar, de enxergar beleza na realidade dura. Pois bem, até agora duas coisas me chamaram atenção: sobre a escola, a fala dela: "- eu não me encaixo!" Puxa vida! Senti a dor de todas as pessoas que têm esse sentimento de falta de encaixe e, por isso, são incompreendidas. Compreender o outro é a maior prova de amor que se pode dar. A outra coisa é o tanto que a sociedade é preconceituosa, cruel e excludente. Senti a dor pungente das pessoas que são julgadas impossibilitadas de fazerem parte de um grupo. O ser humano, para ser saudável, precisa cultivar o sentimento de pertença. Somos seres sociáveis, é claro! Quando Anne e Manilla choravam essa mágoa, eu chorava com elas. Como pode alguém supor que é melhor do que o outro? Como pode alguém ser capaz de imaginar sua casa sem telhado de vidro? Como pode alguém, depois de mais de 2.000 anos, imaginar que pode atirar pedras no pecador, porque não o é ou, nunca foi?
É... tudo nessa vida é aprendizado. Eu choro, choro... Engraçado, na realidade da vida sou forte e durona. Mas, cna fantasia, com seus livros, filmes, teatros... sou mole igual manteiga derretida. É que fico tão concentrada na história, que passo pra dentro. Vivo a emoção dos personagens. Permito-lhes contatar com a minha própria e sentir suas alegrias e tristezas. Sou intensa demais!