IMPOSTO

08fev20

Imposto é preciso lembrar que é aquilo que se impõe. Se é imposto não é de vontade própria. E como o tempo é o pai da verdade que saudade que temos dos “quintos” do Brasil colônia.

Nós que estamos saindo do funeral de muitos daqueles que por tantas décadas tiraram dos pobres para ficarem ricos, passamos a pensar, como sempre fazemos quando convivemos com a morte, na nossa vida! No meu pensar vejo o quanto me descuidei dos ganhos que tive deixando que ele me fosse tirado nas compras dos supermercados, ao me alimentar, na luz que eu uso para iluminar meus caminhos, na água que bebo para matar a sede, na roupa que visto, no papel que imprimo minhas mal traçadas linhas, no combustível que é tirado do solo onde habito e que me permite vencer distancias, no médico que me controla a saúde e nos remédios que ele me receita para recuperá-la ou mantê-la, e em tudo o mais que minha vista alcança de olhos abertos ou fechados.

O que eu quero então é colocar na pauta do sindico do meu condomínio que ele seja o agente da transformação para que as despesas que são de responsabilidade de todos sejam geridas com o devido comedimento como se saíssem dos seus bolsos, que fossem eliminadas todas aquelas despesas em cima do supérfluo, que o pessoal contratado pelo condomínio, fosse redimensionado, que serviços de varrição em áreas “invarríveis” fossem eliminados, que dispensássemos o serviço de jardinagem nas casas de campo dos ex-síndicos, afinal que voltássemos a ter taxa única baseada no menor salário percebido por um dos moradores.

Que isto fosse parte do estatuto do condomínio, pois assim os futuros síndicos teriam a obrigação de limitar seus gastos, ou ganhos?

E ao sindico atual, sei que o seu tempo de mandato é pequeno para as transformações necessárias, me comprometo a novamente nele votar e fazer campanha para que todos, isto é sempre improvável, mas a maioria, também o faça. Meu condomínio se chama Brasil.

Geraldo Cerqueira