Falando de prostitutas
1. Estive duas vezes em Amsterdã. Que cidade linda! É linda e dona de considerável patrimônio artístico. Lembro que Amsterdã guarda a obra de Rembrandt (1606-1669); e mantém em pleno funcionamento o Museu Van Gogh, dois pintores holandeses famosíssimos.
2. Amsterdã dos canais navegáveis, com seus barcos confortáveis ajudando a conhecer melhor a cidade. Cidade das bicicletas velozes, cortando suas ruas e avenidas, com o respeito e o aplauso dos pedestres.
3. Amsterdã da "Red Ligth District", o bairro da Luz Vermelha, onde prostitutas se exibem, seminuas, através de janelas envidraçadas, verdadeiras vitrinas. Cobram caro por um "encontro". É só quando as cortinas das janelinhas se fecham...
4. Uma surpreendente notícia sobre o bairro da Luz Vermelha acaba de ser publicada na "Folha de São Paulo".
Segundo despacho da Agência Reuters, a prefeita de Amsterdã, senhora Femke Halsema, "propõe proibir a exibição de profissionais do sexo nas vitrines".
5. O quê? Faço um apelo à ilustre alcaide de Amsterdã: por favor, não feche as janelinhas do bairro da Luz Vermelha.
Deixe as meninas, com seus sorrisos mentirosos, continuar alimentando a imaginação do turista que as procuram, querendo um divertimento diferente...
6. Um assunto puxa o outro. Muito bem. Depois de muitos anos, subi, ontem, a "ladeira da montanha". Essa ladeira liga as duas Salvador: a da cidade baixa e a da cidade alta. Ela tem a sua história, que relembro, aqui, em rápidas pinceladas.
7. Lá pelos anos 1950-60, na "ladeira da montanha", funcionou um dos mais famosos e frequentados prostíbulos da Bahia, o "Meia três". O número 63 indicava a sua porta de entrada.
Muito divertido e acolhedor, o "Meia três" hospedava as mais bonitas prostitutas de Salvador. Eram as preferidas dos apatacados da época.
8. Elegantes, vaporosas, elas desfilavam pelo salão, envolto em ligeira penumbra, e logo eram abordadas pelos clientes de dinheiro fácil.
Levavam-nas para a cama pagando uma nota por momentos de "amor" rigorosamente cronometrados. Havia sempre alguém na fila de espera!
9. Eu as via de longe. Estudante de Direito, com um mixuruca saldo bancário, não me atrevia a tentar conquistá-las.
Bebendo meu "cubalibre" (Coca-cola com Rum) e ouvindo as canções do Nelson Gonçalves, que "varavam a madrugada", contentava-me em vêl-las desfilando, irrequietas e formosas.
10. Subi a "ladeira da montanha" montado no meu Sandero, em marcha lenta. Pude ver, que, do "Meia três", nada mais existe. No seu lugar, um volumoso entulho. Aqui pra nós: juro, que senti saudades!
1. Estive duas vezes em Amsterdã. Que cidade linda! É linda e dona de considerável patrimônio artístico. Lembro que Amsterdã guarda a obra de Rembrandt (1606-1669); e mantém em pleno funcionamento o Museu Van Gogh, dois pintores holandeses famosíssimos.
2. Amsterdã dos canais navegáveis, com seus barcos confortáveis ajudando a conhecer melhor a cidade. Cidade das bicicletas velozes, cortando suas ruas e avenidas, com o respeito e o aplauso dos pedestres.
3. Amsterdã da "Red Ligth District", o bairro da Luz Vermelha, onde prostitutas se exibem, seminuas, através de janelas envidraçadas, verdadeiras vitrinas. Cobram caro por um "encontro". É só quando as cortinas das janelinhas se fecham...
4. Uma surpreendente notícia sobre o bairro da Luz Vermelha acaba de ser publicada na "Folha de São Paulo".
Segundo despacho da Agência Reuters, a prefeita de Amsterdã, senhora Femke Halsema, "propõe proibir a exibição de profissionais do sexo nas vitrines".
5. O quê? Faço um apelo à ilustre alcaide de Amsterdã: por favor, não feche as janelinhas do bairro da Luz Vermelha.
Deixe as meninas, com seus sorrisos mentirosos, continuar alimentando a imaginação do turista que as procuram, querendo um divertimento diferente...
6. Um assunto puxa o outro. Muito bem. Depois de muitos anos, subi, ontem, a "ladeira da montanha". Essa ladeira liga as duas Salvador: a da cidade baixa e a da cidade alta. Ela tem a sua história, que relembro, aqui, em rápidas pinceladas.
7. Lá pelos anos 1950-60, na "ladeira da montanha", funcionou um dos mais famosos e frequentados prostíbulos da Bahia, o "Meia três". O número 63 indicava a sua porta de entrada.
Muito divertido e acolhedor, o "Meia três" hospedava as mais bonitas prostitutas de Salvador. Eram as preferidas dos apatacados da época.
8. Elegantes, vaporosas, elas desfilavam pelo salão, envolto em ligeira penumbra, e logo eram abordadas pelos clientes de dinheiro fácil.
Levavam-nas para a cama pagando uma nota por momentos de "amor" rigorosamente cronometrados. Havia sempre alguém na fila de espera!
9. Eu as via de longe. Estudante de Direito, com um mixuruca saldo bancário, não me atrevia a tentar conquistá-las.
Bebendo meu "cubalibre" (Coca-cola com Rum) e ouvindo as canções do Nelson Gonçalves, que "varavam a madrugada", contentava-me em vêl-las desfilando, irrequietas e formosas.
10. Subi a "ladeira da montanha" montado no meu Sandero, em marcha lenta. Pude ver, que, do "Meia três", nada mais existe. No seu lugar, um volumoso entulho. Aqui pra nós: juro, que senti saudades!