A marchinha da calvário* (03/02/2020)
A “marchinha da calvário” deverá ser a sensação do carnaval 2020 na Paraíba. A letra, bem-humorada, faz alusão às “mangas de Sousa”, expressão usada pela ex-secretária Livânia Farias, quando queria avisar, segundo sua própria delação, que o dinheiro da propina já estava com ela. Fiz o favor de transcrever aqui pra vocês:
“Chegou, chegou, chegou... - É manga rosa? Não!! É manga espada? Não!! A manga é laranja? Simmmm!! Veio de Sousa a manga docinha, a fruta é tão boa o mago já chupou, manga madura bem geladinha. Delivery de mangas madurinhas, foi a secretária galega que entregou: oitocentas bem embaladinhas, o mago chupou e se lambuzou. Ele chupou, ai como chupou, chupou tanto que deu disenteria, vazou pelo pito e se sujou... - Nunca ninguém viu tanta porcaria”.
E repete tudo... E repete o refrão... E vai repetindo... - Até cair no gosto do folião. Não as mangas madurinhas, né? Mas a melodia... - A versão, que tem link para downloads em vários portais da capital, não traz a autoria definida.
Nelson Rodrigues diz que a piada é uma descoberta da língua não portuguesa, mas brasileira. Não tem em nenhum outro lugar do mundo. E que mesmo na catástrofe o sujeito salta de lá e faz uma piada.
Apontado como chefe de uma organização criminosa suspeita de desviar R$ 134,2 milhões de serviços de saúde e educação, por meio de organizações sociais, Ricardo Coutinho (PSB), segue seu calvário, esforçando-se em rir da piada para não perder mais um amigo.