Um gênio da ficção
Janeiro de 2020 marcou o centenário de nascimento de um dos gênios da ficção científica. Nascido na Rússia, como todos os humanos Isaac Asimov morreu em abril de 1992. Só que de algum modo, gênios como Asimov nunca morrem. Continuarão vivos e contemporâneos para sempre.
Com mais de 500 livros escritos, na ficção de Asimov, é possível observar uma diferença com outros mestres da ficção mundial. Sempre se mostrou um otimista com a tecnologia e o futuro da raça humana. Sua crença na engenhosidade dos homens era absoluta.
Não vemos extraterrestres nos livros de Asimov. Nunca imaginou outros seres habitando o universo. Nas tramas dos seus livros, são os humanos quem tomam a galáxias. É possível que os seres que nos visitam em discos voadores, sejam descendentes da raça humana vindos do futuro.
A obra de Asimov também enfatiza a inexistência de um ser supremo que a qualquer momento poderá chegar para nos salvar. O futuro da humanidade não estará nas mãos de um salvador. O nosso futuro será escrito neste planeta ou um qualquer canto de qualquer galáxia por nós mesmos.
Na obra de Asimov encontramos previsões. Algumas hoje são realidades que usamos no nosso dia a dia. Androides, computadores, imagens holográficas, carros autônomos e nanomedicina. Outras continuam ficção. É o caso da miniaturização no livro “Viagem Fantástica”.
A obra de Isaac Asimov é extraordinária. No entanto, seu legado vai além. Já em meados do século passado ao escrever “Eu, Robô”, Asimov demonstrava sua preocupação com os avanços e o futuro da Inteligência Artificial. Os algoritmos que provocarão grandes embates nas sociedades. Conseguiremos impor nossos limites éticos, morais e religiosos?
Definitivamente Asimov se imortalizou ao escrever o enunciado das “Três Leis da Robótica. Teoricamente essas leis deverão nos proteger caso um dia no futuro as máquinas resolvem tomar o controle do planeta das mãos dos humanos. Os passos para a chegada deste futuro caminham assustadoramente rápidos.
Em teoria as Três Leis da Robótica dizem que além de proteger os humanos, as máquinas devem nos obedecer. Não sei se isto de fato acontecerá. No momento, estamos sendo substituídos pelas máquinas. Elas já compõem sinfonias, pintam quadros e escrevem livros.
Será muito triste o dia em que a Inteligência Artificial substituirá os nossos gênios.