O sopro do instante
O sopro do instante
Palavras de um amigo via e-mail: "Hoje é dia (quarta feira) de Serápis Bei da chama branca, de perfume das flores brancas, que fala muito de alegria e cura dos outros através do sorriso e da alegria, é o que eu sinto no meu trabalho e com os meus colegas, é o que me faz bem”.
Esse cara tem 28 anos. Vou dialogando com certa rapaziada, uns eu conheci na maternidade, outros quando crianças. Diga-se de passagem, crianças in-su-por-tá-veis. Bom, noves fora, a gente se divertiu bastante.
Mais um trecho do e-mail: "Talvez seja Serápis Bei indicando meu caminho de acensão. Não sei, só ando sentindo e questionando, é um cheiro entre flor rosas ou brancas, parece um meio termo. Continuo tentando entender”.
Achei incrível essa conversa, fabuloso sinal dos tempos.
Nem atino mais o que seria artigo para uma crônica, sinceramente. Terça 28, médico. Quarta 29 fiquei de molho. Quinta 30 levei minha companheira no PS, subi e desci escadas sem problema, um tanto lerdo, mas melhor do que na terça 28. Em 31 reconheci a melhora da força na perna, muita dor a noite e de manhã, sábado 1 do 2 após o almoço precisei me recolher, TV , digo, filme ou série, cochilo, qualquer canto da web onde espio sempre a mesma conversa, com ligeiras variações, algo se passa na percepção, vamos dizer a amplitude ou sensação de não saber nada hoje 2 do 2 se transforma em ajutório.
Amo com honestidade o algoritmo que diz mudar de "fazer" para "ser", de se esforçar para fluir, de julgar para aceitar, de falso poder para poder autêntico, da dúvida da mente para a confiança do coração, da separação para a inclusão, do amor condicional para o amor incondicional, do serviço martirizado ao serviço alegre, uau, todas essas noções flutuando no ar com o tempo se moldam num baita aprendizado.
Por nada não, detestei "O Irlandês", credo, 3 horas e meia sobre um assassino, De Niro, provavelmente doente mental, que mata uma porrada de gente, inclusive o melhor amigo dele, a troco de que não se sabe, porque os diálogos do filme são assim: ah ele disse o que? Não, eu acho que ele disse “x", mas pode ter sido “y", um filme bem produzido sem dúvida alguma, mas uma ode a burrice e a violência, Scorcese se repetindo "Bons Companheiros", "Cassino", mais do mesmo numa bela embalagem. Vazia. Tenho dito.
Fevereiro começa com curiosos auspícios.
Como está todo mundo ligado em política, encerro com uma antiga citação: "O homem mais pobre pode, em sua casa, desafiar todas as forças da Coroa. Ela pode ser frágil, o telhado pode tremer, o vento pode soprar através dela, a tempestade pode entrar, a chuva pode entrar, mas o rei da Inglaterra não pode entrar. Toda a sua força não ousa atravessar o limiar do casebre arruinado! “. William Pitt, 1º Conde de Chatham. Discurso na Câmara dos Comuns (Grã-Bretanha, março de 1763).
(Imagem: Carolina N.)
O sopro do instante
Palavras de um amigo via e-mail: "Hoje é dia (quarta feira) de Serápis Bei da chama branca, de perfume das flores brancas, que fala muito de alegria e cura dos outros através do sorriso e da alegria, é o que eu sinto no meu trabalho e com os meus colegas, é o que me faz bem”.
Esse cara tem 28 anos. Vou dialogando com certa rapaziada, uns eu conheci na maternidade, outros quando crianças. Diga-se de passagem, crianças in-su-por-tá-veis. Bom, noves fora, a gente se divertiu bastante.
Mais um trecho do e-mail: "Talvez seja Serápis Bei indicando meu caminho de acensão. Não sei, só ando sentindo e questionando, é um cheiro entre flor rosas ou brancas, parece um meio termo. Continuo tentando entender”.
Achei incrível essa conversa, fabuloso sinal dos tempos.
Nem atino mais o que seria artigo para uma crônica, sinceramente. Terça 28, médico. Quarta 29 fiquei de molho. Quinta 30 levei minha companheira no PS, subi e desci escadas sem problema, um tanto lerdo, mas melhor do que na terça 28. Em 31 reconheci a melhora da força na perna, muita dor a noite e de manhã, sábado 1 do 2 após o almoço precisei me recolher, TV , digo, filme ou série, cochilo, qualquer canto da web onde espio sempre a mesma conversa, com ligeiras variações, algo se passa na percepção, vamos dizer a amplitude ou sensação de não saber nada hoje 2 do 2 se transforma em ajutório.
Amo com honestidade o algoritmo que diz mudar de "fazer" para "ser", de se esforçar para fluir, de julgar para aceitar, de falso poder para poder autêntico, da dúvida da mente para a confiança do coração, da separação para a inclusão, do amor condicional para o amor incondicional, do serviço martirizado ao serviço alegre, uau, todas essas noções flutuando no ar com o tempo se moldam num baita aprendizado.
Por nada não, detestei "O Irlandês", credo, 3 horas e meia sobre um assassino, De Niro, provavelmente doente mental, que mata uma porrada de gente, inclusive o melhor amigo dele, a troco de que não se sabe, porque os diálogos do filme são assim: ah ele disse o que? Não, eu acho que ele disse “x", mas pode ter sido “y", um filme bem produzido sem dúvida alguma, mas uma ode a burrice e a violência, Scorcese se repetindo "Bons Companheiros", "Cassino", mais do mesmo numa bela embalagem. Vazia. Tenho dito.
Fevereiro começa com curiosos auspícios.
Como está todo mundo ligado em política, encerro com uma antiga citação: "O homem mais pobre pode, em sua casa, desafiar todas as forças da Coroa. Ela pode ser frágil, o telhado pode tremer, o vento pode soprar através dela, a tempestade pode entrar, a chuva pode entrar, mas o rei da Inglaterra não pode entrar. Toda a sua força não ousa atravessar o limiar do casebre arruinado! “. William Pitt, 1º Conde de Chatham. Discurso na Câmara dos Comuns (Grã-Bretanha, março de 1763).
(Imagem: Carolina N.)