Será O Nosso 'MITO', Um Cavaleiro do Apocalipse?

Foi no início da manhã de hoje que ao receber uma ligação da minha Vó Tininha fiquei um pouco ressabiado já que tenho por hábito visitá-la todos os domingos pela manhã... Mas ela logo me acalmou dizendo que estava tudo bem com ela e que só me ligou porque não estava aguentando esperar até amanhã para me contar 'uma coisa'...

E a 'tal coisa' era o seguinte; disse-me ela que aquela sua nova 'coleguinha' lá de Brasilia; a tal Gisele, havia lhe enviado ontem à noite um 'ZAP', dizendo que tinha acabado de ler aquele artigo que eu escrevi aqui no Recanto nessa última quarta-feira ["Dedo Podre" No Grelhado da Vó Tininha? Melhor Não..] e que ficou 'P' da vida só por saber que eu tinha pensado em falar com ela, ligando o nosso presidente a esse tal "Corona Virus", mas que também teria dito à ela realmente eu fui muito prudente em não fazê-lo naquele dia, pois se assim o fizesse ela não responderia pelos seus atos...

E foi esse fato que me fez lembrar de um dia em que a minha Vó também ficou 'fula' comigo; práticamente 'me 'botou prá correr'... Foi no ano passado, quando mostrei a ela um artigo sobre 'Os cavaleiros do Apocalipse'; artigo que simplesmente 'arrasava' com o nosso 'MITO'... E quando perguntei a minha vó se ela ainda se lembrava daquele episódio, ela só me respondeu; "Olha que eu até que já estava quase me esquecendo, mas agora com essa peste desse tal "Corona Virus..."

UM ADENDO: Os 'Cavaleiros do Apocalipse' são personagens descritos na terceira visão profética do Apóstolo João no livro bíblico do Apocalipse, coisa que para os cristãos vai acontecer antes do fim de todas as coisas. E Os Quatro Cavaleiros são ; a Peste, a Guerra, a Fome e a Morte.

E foi por ter relembrado aquele episódio que hoje resolvio procurar o tal artigo... E ao reler o mesmo. percebi que o seu autor 'profetizou' quando o escreveu, já que ao fazê-lo havia pouco mais de três meses que o nosso 'MITO' estava no poder. Então resolvi postá-lo aqui, na íntegra, para que todos tirem as suas próprias conclusões... Vale lembrar que o artigo em questão postado em 08/04/2019 no Jornal GGN, por Sebastião Nunes, com o título: "Os quatro Cavaleiros do Apocalipse se preparam para destruir o Brasil" e pode ser visualizado em: https://jornalggn.com.br/literatura/os-quatro-cavaleiros-do-apocalipse-se-preparam-para-destruir-o-brasil/

Ele começa assim:

"Além do cavaleiro Messias e do escudeiro-Moro, integravam a comitiva de pestilentos os Condutores de Maldades.

– Deixa de ser bundão, escudeiro-Moro! Berrou o cavaleiro Messias, discípulo do Anticristo Trump, montado num cavalo branco que esporeava com esporas de ferro ensanguentadas.

– Estamos quase chegando, é hora de ser macho!

Escanchado de banda em seu pangaré cinzento, o escudeiro-Moro não gostou de ser chamado de bundão e protestou:

­– Bundão não, chefe, eu sou é valentão! Os outros três cavaleiros caíram na risada, aquela risada agressiva e arrogante dos que levam tudo a ferro e fogo.

– Em frente, cambada! Berrou de novo o cavaleiro Messias, empunhando uma enorme jarra atochada de peste bubônica, atochada de cólera, atochada de varíola, lepra, caganeira e tudo o que não presta.

Os Cavaleiros do Apocalipse rumavam para Brasília, de onde espalhariam o Mal pelo imenso território do gigante atormentado.

QUEM E COMO ERAM OS CAVALEIROS:

Além do cavaleiro Messias e do escudeiro-Moro, integravam a comitiva de pestilentos os seguintes Condutores de Maldades: Num cavalo vermelho cavalgava Flávio Dantes…

– Dantes não, Nantes! Corrigiu aos berros o cavaleiro Flávio, pois Nantes era, de fato, o sobrenome que ligava o prenome dos filhos de Messias ao derradeiro apelido, que se escreveria no futuro com sangue, lágrimas e ranger de dentes… conduzido pelas milícias cariocas ao cargo de senador da República, com a espada da discórdia em punho, para que os eleitores, tomados de fúria assassina, se matassem uns aos outros, sem ao menos saber por quê.

Num cavalo negro cavalgava de espada em punho Eduardo Distantes…

– Distantes não, sua besta, Nantes! – berrou de lá o cavaleiro Eduardo… elevado pelas milícias cariocas à cadeira de deputado federal pelo Rio de Janeiro. E sua balança estava recheada com penúria e fome.

Num cavalo verde-pálido-acinzentado, cor de cadáveres em decomposição, na cabeça uma coroa e nas mãos um arco disseminador de infinitas doenças, cavalgava Carlos Doravantes…

– Doravantes não, seu estúpido, Nantes! Explodiu em fúria o tal Carlos… mandado pelas milícias cariocas a ocupar o cargo de vereador nos desvalidos territórios do Rio de Janeiro. E seu arco era o mensageiro da Morte.

E ENTÃO ELES CHEGARAM

O país não estava preparado. Nem o mundo, para o qual o país representara, se não a convicção de dias melhores, mais amenos e civilizados, pelo menos a esperança de que tais dias seriam possíveis.

E então os Cavaleiros do Apocalipse chegaram. Apoiados na ignorância de uma população pobre de educação e dos conhecimentos que originam povos orgulhosos e altivos, eles chegaram.

– Chegamos, cambada! Berrou o cavaleiro Messias saltando de seu cavalo branco, símbolo da falsa inocência e da discórdia.

– Tomamos o poder e agora é abrir a Caixa de Pandora!

– Comigo não, violão! Insurgiu-se Pandora, arrebatando sua caixa das mãos do destemperado Messias.

– Vocês já têm maldades de sobra!

– Ela está certa, chefe – atreveu-se a dizer o escudeiro-Moro, que pela segunda vez abria a boca nesta amaldiçoada fábula apocalíptica.

–Já temos maldades de sobra, e se porventura faltarem, nós as criaremos, com a ajuda dos colegas desembargadores e dos fiéis ministros do Supremo.

Messias virou-se com desgosto para o escudeiro-Moro, que tanto o servira em passadas pendengas, mas ao qual devotava o mais profundo desprezo.

–Sei disso, escudeiro-Moro! Arengou irritado o cavaleiro, alisando as crinas de seu fantasmagórico cavalo.

–Já temos tudo que precisamos. Minha ideia era apenas acelerar o processo de decomposição desse povo e desta terra, até transformar tudo em carniça fedorenta.

–Ah, ah, ah... Riram os três outros cavaleiros, alisando as crinas de seus fantasmagóricos cavalos.

–Carniça fedorenta em decomposição. Essa é boa. Essa é muito boa!

E foi assim que os quatro Cavaleiros do Apocalipse, seguidos do fiel escudeiro-Moro, marcharam para o Palácio do Planalto, do qual se apossaram, e depois para o Congresso Nacional, do qual se apossaram, e depois para o Supremo Tribunal Federal, do qual se apossaram, e depois fizeram, na Esplanada dos Ministérios, um sacrifício com fígado de bode à sua deusa tutelar, a sempre louvada Santa Ignorância."

Sebastiao Nunes - Em 08/04/2019