SÓ UM NÚMERO
" Tá lá o corpo estendido no chão" ( DE FRENTE PRO CRIME, Ronaldo Bosco e Aldir Blanc)
" Tá lá o corpo estendido no chão" ( DE FRENTE PRO CRIME, Ronaldo Bosco e Aldir Blanc)
No amanhecer cinzento do sábado, a morte foi semeada nas ruas do bairro.
Um corpo jaz próximo ao muro em que se lê: "Educai as crianças e não será necessário castigar o adulto."
Mais acima, na subida para a colina de urbanização desordenada, um morto no escadão.
No outro lado da rua, o cadáver de um rapaz franzino, vestindo uma calça amarela.
Mais abaixo, onde são vizinhos uma delegacia,uma pequena comunidade em
terreno invadido, comércio, escolas, há um quarto corpo no chão barrento.
Horas depois , o comércio de rua já abriu suas portas. O "Shopping Center" lota para as compras de Natal. As ruas se enchem de carros, as calçadas de pedestres. E só o rapaz franzino, vestindo calça amarela, continua estendido, exposto na calçada.
Um corpo jaz próximo ao muro em que se lê: "Educai as crianças e não será necessário castigar o adulto."
Mais acima, na subida para a colina de urbanização desordenada, um morto no escadão.
No outro lado da rua, o cadáver de um rapaz franzino, vestindo uma calça amarela.
Mais abaixo, onde são vizinhos uma delegacia,uma pequena comunidade em
terreno invadido, comércio, escolas, há um quarto corpo no chão barrento.
Horas depois , o comércio de rua já abriu suas portas. O "Shopping Center" lota para as compras de Natal. As ruas se enchem de carros, as calçadas de pedestres. E só o rapaz franzino, vestindo calça amarela, continua estendido, exposto na calçada.