GOVERNOS PROGRESSISTAS

Eu não sei quem foi a pessoa que classificou de “progressistas” os regimes de governo socialista ou comunista, mas tenho absoluta certeza de que era um idiota.

Progresso subentende o bem-estar das pessoas, em todos os sentidos, mas o que o socialismo/comunismo distribui, até hoje, para os que não fazem parte da cúpula governante é a fome, a miséria, a criminalidade, a falta de oportunidades e o aumento em cascata da carga tributária, penalizando quem produz e quem consome.

Apesar do discurso em defesa da democracia a ação é totalmente contrária, porque o que esses regimes sabem fazer é tolher a liberdade que, sem sombra de dúvida, é o maior patrimônio do indivíduo.

Todas as experiências de implantação do socialismo deram errado. A vítima mais atual é a população da vizinha Venezuela.

Ditadores assassinos se notabilizaram no extermínio de todos aqueles que, fazendo ou não, parte da cúpula dominante se recusaram a continuar, talvez por terem concluído ser impossível ao ser humano viver monitorado, condenado à mesmice e trabalhando sem a perspectiva de alteração do padrão de vida por lhe faltar o capital para custear a mudança.

Na Idade Média, quando a expectativa de vida do trabalhador comum girava em torno dos quarenta anos, a maioria absoluta da população era analfabeta, não havia tratamento de água nem coleta de esgoto, as doenças eram facilmente transmitidas pela falta de higiene. As notícias eram trazidas por menestréis e andarilhos, as profissões eram patrimônios familiares cujas técnicas passavam dos pais para os filhos, sempre da mesma forma, sempre com os mesmos ganhos que garantiam a imobilidade social. Os filhos de reis, de ferreiros, de lavradores, de moleiros, de sapateiros, etc. obrigatoriamente dariam continuidade à profissão do pai.

Única alternativa era a igreja, mas a vida nos conventos também tinha muitas privações.

Felizmente esse período da história da humanidade ficou no passado, hoje temos o progresso industrial, a facilidade das comunicações, os insumos agrícolas para as super safras que, se bem distribuídas, garantiriam alimentos para todos.

Pela facilidade das redes sociais, dos meios de transporte e do ensino à distância qualquer um pode ser o que quiser ser e ascender socialmente ou no mercado de trabalho, galgar posições com salários que lhes proporcione a realização de quaisquer sonhos.

Mas no socialismo ou comunismo não.

Os habitantes são monitorados em todas as atividades e bem poucos conseguem autorização para sair. Aos estrangeiros, quando ocorre autorização para entrar, os locais para visitação, guiada, são determinados pela autoridade, há sempre alguém observando de perto tudo o que está sendo feito, com quem se fala, etc. e fotos, geralmente, não são permitidas.

Os salários são iguais ou limitados a três ou quatro faixas.

Não importa quais sejam as qualificações, as especialidades, os diplomas, nada vai alterar o salário determinado para o povo.

Claro que os dirigentes do partido estão fora dessa regra e poderão acumular fortunas em paraísos fiscais, colecionar obras de arte, carros de luxo, joias, etc.

Deixar-se encantar pelo discurso falacioso desses ladrões de consciência é admissível aos incultos neófitos, em adultos ou é conivência ou ignorância, porque como disse Sócrates, o filósofo, (469 aC):

“Existe apenas um bem; o saber; e apenas um mal; a ignorância”.