Ode às "baixinhas"

Lembro-me do dia em que pude por a prova aquela antiga afirmação do velho “Gonzagão.”

Ela estava exuberante em um macacão verde e branco. Tinha uma pose séria e o salto se esforçava para fazê-la parecer que tinha mais que um metro e meio de altura. Sem dúvidas era o tipo de mulher que capturava os olhos dos mais ousados. Sua atitude e presença já havia afugentado os moleques que agora se divertiam com as moças mais fáceis. Agora ficaram apenas poucos homens na disputa acirrada de quem a dama escolheria.

Nossa! O macacão estava realmente lindo nela, mas eu não parava de pensar o quanto ficaria melhor jogado no chão do meu quarto. Tomei um gole e disse: “Agora é que vamos ver se perfume que é pequeno cheira mais.” Me levantei e sentei ao seu lado.

-Boa noite! – Eu disse. Ela acenou com a taça.

Sentei-me ao lado dela e puxei assunto. Depois de alguns minutos perguntei:

-É impressão minha ou você passou a noite inteira me encarando? – Perguntei em tom jocoso.

-Com certeza foi impressão sua. – Ela respondeu rindo.

Rimos juntos. Era a resposta que eu esperava. Se tem uma coisa que eu aprendi na vida é que para levar uma mulher como aquela pra cama você tem que quebrar a postura mais forte dela, tem que tirar ela do sério, fazê-la rir., sorrir, se gargalhar... Ah rapaz, sua noite está ganha. De repente a fera amansou. Tomamos mais algumas, nos olhamos por um instante e mal percebi quando começamos a nos beijar. Os primeiros amassos aconteceram ainda na lateral do bar. Ela já estava no clima e agora era a hora. Ela já estava molhada, agora só faltava enxugar.

Bem, no fim... O velho tinha razão...