O repolho, a rosa e você.
Sempre tive como referência para algumas reflexões a rotina, e era rotinas na época em que trabalhava a terra, plantar verduras, dentre elas repolho. O repolho por algum motivo me fascinava, na verdade o desenvolvimento de todas as plantas me chamava muita atenção, mas fiquemos no repolho, pois bem, essa hortaliça a medida que vai crescendo vai se fechando, num processo em que as folhas mais velhas vão aprisionando ao mais jovens de tal forma que em determinado momento o repolho para de crescer pois as novas folhas que deveriam brotar de seu interior já não encontra espaço para crescer. Os botânicos que me desculpem, mas é assim que eu via o repolho na época o que não é muito diferente de hoje. O que me interessa é o exemplo, quero que percebam que ao mesmo tempo em que as folhas mais velhas de certa forma protegiam as mais novas elas as pressionavam e impediam que alcançassem o mundo externo, em suma as folhas mais velhas impediam ou no mínimo limitavam o crescimento das folhas mais novas. Diferente das rosas que minha mãe cultivava no jardim, essas também cresciam em sucessivas folhas, isto é, pétalas, mas num processo totalmente diferente, nasciam fechadas e com o tempo as “folhas” externas iam se abrindo para deixar a pétalas internas crescerem e mostrarem toda sua beleza, todo seu potencial. No fundo tanto o repolho como as rosas, nos alimentavam, em sentido diferente, claro. Outra semelhança é que no fim dos seus dias ambos apodreciam. O velho repolhão, tendo passado seus dias apenas se fechando em si, morria fedendo, enquanto a rosa, mesmo que perdesse toda a sua beleza, mantinha seu perfume e poeticamente deixava suas velhas petalados serem levadas pelo vendo. Processos de crescimento totalmente diferentes, regidos pelos DNAs, mas muito semelhantes aos que observamos no nosso cotidiano com as pessoas, com a comunidade, com a humanidade. Existem os que pressionam, suas famílias, suas comunidades, seus fiéis, suas ovelhas, seus cidadãos, como repolhos, convencem as tenras folhinhas que eles, as folhas mais velhas, são necessários para sua proteção, pois dizem ser os “guias” que permitem um crescimento seguro e alinhado ao propósito do todo, o proposito divino, ser o melhor repolho deste mundo, quando na verdade apenas limitam o crescimento, as escolhas, o acesso ao sol. Assim, cada nova folha, não percebe que esta proteção a restringe, limita seu crescimento, suas experiências e aprendizados, condenando-a preza a uma vida limitada, conforme ao perímetro de interesses das folhas dominadoras. Estas, as folhas dominadoras, por sua vez, não percebem que também estão limitadas aos invisíveis nutrientes que as fazem crescer, e por fim o solo que se apresenta como sendo o generoso elemento que tudo sustenta, mas que na verdade nada tem e generosidade, pois é o que acaba sendo alimentado, já que no fim do processo todo o repolho ou parte termina seu ciclo alimentando o solo. A rosa seguramente mais poética e aberta ao mundo, parece não seguir este caminho, pois permite que suas pétalas, se desenvolvam livres, brilhem ao sol, mas no final seu destino é o mesmo, em algum momento ira alimentar o solo. Obviamente que a vida real e bastante mais complexa que deixar de ser repolho para ser rosa, nossa natureza humana nos permite deixar de ser repolho e nos tornarmos rosa, somos livres para escolher, mesmo que no final todos alimentemos o solo, atribuindo-lhe a graça de nos nutrir, esquecendo o sol que verdadeiramente nos permitiu crescer. Esta tosca analogia, nos traz apenas alguns elementos, mas certamente suficientes para se perceber que existe uma ilusão que é “naturalmente” inserida em nosso cotidiano, que nos faz acreditar que ser rosa é melhor que ser repolho e de certa forma é, no entanto, a verdade é que mesmo chegando a rosa, no final todos alimentamos o solo. O solo que me desculpe, tal analogia com os verdadeiros beneficiados deste ilusório “destino humano”. Não estou dizendo que é para desacreditar e atirar-se ao repolho sem tentar ser rosa, apenas percebam que ser rosa é o básico, que é preciso ver que mesmo tendo chegado a rosa, o destino é o mesmo que o do repolho, talvez terminemos com um perfume um pouco mais agradável, apenas isso. Livre-se da ilusão de que chegar a ser rosa é ser espiritualmente desperto, livre e iluminado, vá além e perceba que mesmo que nesse jardim o melhor é chegar a rosa, é preciso manter a consciência aberta para ver que ainda estamos alimentando o solo e nosso destino é apenas regressar a Fonte, para tanto é preciso deixar de, mesmo que inconscientemente, alimentar os parasitas que controlam o crescimento humano neste jardim.
Sempre tive como referência para algumas reflexões a rotina, e era rotinas na época em que trabalhava a terra, plantar verduras, dentre elas repolho. O repolho por algum motivo me fascinava, na verdade o desenvolvimento de todas as plantas me chamava muita atenção, mas fiquemos no repolho, pois bem, essa hortaliça a medida que vai crescendo vai se fechando, num processo em que as folhas mais velhas vão aprisionando ao mais jovens de tal forma que em determinado momento o repolho para de crescer pois as novas folhas que deveriam brotar de seu interior já não encontra espaço para crescer. Os botânicos que me desculpem, mas é assim que eu via o repolho na época o que não é muito diferente de hoje. O que me interessa é o exemplo, quero que percebam que ao mesmo tempo em que as folhas mais velhas de certa forma protegiam as mais novas elas as pressionavam e impediam que alcançassem o mundo externo, em suma as folhas mais velhas impediam ou no mínimo limitavam o crescimento das folhas mais novas. Diferente das rosas que minha mãe cultivava no jardim, essas também cresciam em sucessivas folhas, isto é, pétalas, mas num processo totalmente diferente, nasciam fechadas e com o tempo as “folhas” externas iam se abrindo para deixar a pétalas internas crescerem e mostrarem toda sua beleza, todo seu potencial. No fundo tanto o repolho como as rosas, nos alimentavam, em sentido diferente, claro. Outra semelhança é que no fim dos seus dias ambos apodreciam. O velho repolhão, tendo passado seus dias apenas se fechando em si, morria fedendo, enquanto a rosa, mesmo que perdesse toda a sua beleza, mantinha seu perfume e poeticamente deixava suas velhas petalados serem levadas pelo vendo. Processos de crescimento totalmente diferentes, regidos pelos DNAs, mas muito semelhantes aos que observamos no nosso cotidiano com as pessoas, com a comunidade, com a humanidade. Existem os que pressionam, suas famílias, suas comunidades, seus fiéis, suas ovelhas, seus cidadãos, como repolhos, convencem as tenras folhinhas que eles, as folhas mais velhas, são necessários para sua proteção, pois dizem ser os “guias” que permitem um crescimento seguro e alinhado ao propósito do todo, o proposito divino, ser o melhor repolho deste mundo, quando na verdade apenas limitam o crescimento, as escolhas, o acesso ao sol. Assim, cada nova folha, não percebe que esta proteção a restringe, limita seu crescimento, suas experiências e aprendizados, condenando-a preza a uma vida limitada, conforme ao perímetro de interesses das folhas dominadoras. Estas, as folhas dominadoras, por sua vez, não percebem que também estão limitadas aos invisíveis nutrientes que as fazem crescer, e por fim o solo que se apresenta como sendo o generoso elemento que tudo sustenta, mas que na verdade nada tem e generosidade, pois é o que acaba sendo alimentado, já que no fim do processo todo o repolho ou parte termina seu ciclo alimentando o solo. A rosa seguramente mais poética e aberta ao mundo, parece não seguir este caminho, pois permite que suas pétalas, se desenvolvam livres, brilhem ao sol, mas no final seu destino é o mesmo, em algum momento ira alimentar o solo. Obviamente que a vida real e bastante mais complexa que deixar de ser repolho para ser rosa, nossa natureza humana nos permite deixar de ser repolho e nos tornarmos rosa, somos livres para escolher, mesmo que no final todos alimentemos o solo, atribuindo-lhe a graça de nos nutrir, esquecendo o sol que verdadeiramente nos permitiu crescer. Esta tosca analogia, nos traz apenas alguns elementos, mas certamente suficientes para se perceber que existe uma ilusão que é “naturalmente” inserida em nosso cotidiano, que nos faz acreditar que ser rosa é melhor que ser repolho e de certa forma é, no entanto, a verdade é que mesmo chegando a rosa, no final todos alimentamos o solo. O solo que me desculpe, tal analogia com os verdadeiros beneficiados deste ilusório “destino humano”. Não estou dizendo que é para desacreditar e atirar-se ao repolho sem tentar ser rosa, apenas percebam que ser rosa é o básico, que é preciso ver que mesmo tendo chegado a rosa, o destino é o mesmo que o do repolho, talvez terminemos com um perfume um pouco mais agradável, apenas isso. Livre-se da ilusão de que chegar a ser rosa é ser espiritualmente desperto, livre e iluminado, vá além e perceba que mesmo que nesse jardim o melhor é chegar a rosa, é preciso manter a consciência aberta para ver que ainda estamos alimentando o solo e nosso destino é apenas regressar a Fonte, para tanto é preciso deixar de, mesmo que inconscientemente, alimentar os parasitas que controlam o crescimento humano neste jardim.