Só não façam de junho o mês mais triste que há no mundo* (27/01/2020)
“Vai ter ou não vai ter São João”,?. A discussão foi antecipada, porque há prazos a cumprir: ou é agora ou não é mais. Os artistas já estão ficando sem datas. Antes ninguém vendia os shows sem negociar com Patos. Com a não realização do São João do ano passado, outros municípios expandiram os seus ‘arraiás, e isso redesenhou o roteiro turístico de eventos na Paraíba. A missão número um é retomar o prestígio da festa, só que para isso não se pode realizar qualquer evento – tem que ser “o” evento. Embora seja uma festa tradicionalmente religiosa, o que atrai as pessoas – Não são as quadrilhas juninas, a comida típica à base de milho, os doces e brincadeiras, o calor humano e as pessoas bonitas... - Mas, as grandes apresentações musicais. E para contratá-las é preciso que haja grandes parcerias e captação de recursos. A festa de São João traz divisas para o município, pois gera emprego e renda. Ou alguém duvida? Se não fosse assim, o São João de Campina Grande não mais existia; nem o de Caruaru ou o de Santa Luzia... - Tem São João em Aracaju, tem São João em São Luiz, tem São João em Mossoró, tem são João em Teresina, tem São João em Petrolina, tem São João nos cafundós, onde o cão perdeu as botas... - E todos eles são importantes. Não podemos dar um passo para a frente e dois para trás. E se todos querem a realização do São João, vamos fiscalizar, questionar, criticar... - sim, sim, sim... - Não deixar que metam "a mão na cumbuca", sim - Mas, também, propor ideias e apontar soluções. O São João não é de Dinaldo, de Nabor, de Francisca, de Dinaldinho, não é de nenhum vereador. O São João é do povo de Patos e é para esse povo que ele deve voltar antes tarde do que mais nunca... - Na forma tradicional, terceirizada, privatizada, o escambau... – Vamos nos reinventar, mesmo que de chita e chapéu de palha! Só não façam mais de junho o mês mais triste que há no mundo. “São João acende a fogueira do meu coração”.