O TEMPO PASSA RÁPIDO DEMAIS.

As vezes me vejo preso a certos questionamentos filosóficos que diariamente me assaltam o pensamento, prendendo a minha atenção em assuntos para lá de absurdos. Por exemplo: coisas relacionadas ao próprio tempo, o nosso tempo, Cronos, como o conhecemos, o tic e tac do relógio. No modo de compreensão desse que vos escreve, o tempo, pode muito bem ser entendido como algo em pleno movimento, indo para frente continuamente, sem nunca voltar atrás, correndo incansavelmente desde à sua criação. ( Como assim cronista? - alguém pode perguntar - Então o tempo foi criado? ).

Quando lemos em Gênesis, nos primeiros versículos, logo nos deparamos com algo bem interessante: "No princípio criou Deus os céus e a terra. A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas. Disse Deus: haja luz. E houve luz. Viu Deus que a luz era boa; e fez separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz dia, e às trevas noite. E foi a tarde e a manhã, ( o dia primeiro ). Eis o começo, o tempo em seus primeiros passos, até o versículo quinto, temos a criação do próprio 'tempo', ( foi tarde e manhã o primeiro dia...) Aí está, o tempo cronos em seus primeiros passos. Antes mesmo do homem ser criado, ou qualquer outra coisa viva ,aliás, fez Deus, o primeiro dia - o tempo - A narrativa segue o seu curso, assim como esse, 'recém', criado, o 'tempo'. É justamente nesse conceito que me prendo filosofando, "o tempo". O relógio como o conhecemos não existia naquela época, entretanto, o tempo a qual o relógio mede, esse sim, estava lá, e de alguma forma, ele também era contado. O tempo nunca, desde o primeiro dia, parou, jamais, na história humana, houve um momento em que o tempo deixou de correr. Mas, permita-me dizer, que o tempo teve o seu nascimento, porém, terá sua morte. A bíblia narra 'o fim dos tempo', não só em eventos apocalípticos, mas, literalmente no final da contagem desse tempo. Todo esse assunto parece complexo demais, e é justamente por essa complexidade toda que o assunto me interessa e certamente a outros mais - não sou o única maluco que fica meditando nessa coisas.

Os povos, nações, eras e raças, toda a existência, histórica, tudo está fadado ao tecido do espaço tempo. Viajando nele, deixando sua marca, como em uma gravação em algum lugar no espaço tempo. Acontecimentos, guerras, o meu e o seu dia a dia, sendo registrados na fita do tecido infinito. Meus pensamentos se prendem na possibilidade de poder, de alguma forma, visitar esses 'registros', por assim dizer, do passado, talvez do futuro, adentrar neles - Sim - uma viagem no tempo.

Esse assunto, de viajar no tempo, foi, é e será sempre assunto que corrói a mente de muitos cientistas, que, talvez neste momento em que vos escrevo, esteja tentando, por mais maluco que pareça, criar a máquina do tempo. E há quem diga que já o fizeram, dizem que, certo brilhante cientista do passado tenha chegado bem perto de criar tal dispositivo, utilizando-se dele inclusive, mas, caríssimos leitores, esse é assunto para outra crônica. Afinal… O tempo passa rápido demais.