SOFRIMENTOS INESPERADOS... *
Ao ler um poema, * muito embora não mencione o nome especifico da personagem, deixamo-nos levar pela emoção, pois há tempos atrás escrevemos um texto sobre isto; *desta feita, entretanto, vamos sucintamente escrever algumas palavras pela extrema provação existencial que esta personagem foi inesperadamente envolvida...
Corria o longínquo ano de 1.894, o novo sistema de governo, em breve, iria completar tão somente cinco anos; tinha seus ferrenhos opositores, não em pacíficas passeatas como ocorrem hoje; os opositores pegavam em armas, e através da violência exacerbada, queriam tirar os poderes daqueles que governavam...
Ela, * esposa e mãe dedicada vivendo em harmonia, sem as preocupações das classes mais humildes, usufruía da segurança estabilidade financeira, pois o seu marido por méritos pessoais prosperava em várias atividades ligadas ao comércio e a indústria; repentinamente tudo isto mudaria, a cidade estava vivendo um clima de plena revolução e estava próxima de ser invadida... As autoridades constitucionais se evadiram, seu esposo, figura de notoriedade na sociedade, toma para si as “dores”, era preciso salvar Curitiba, de ser saqueada, cujas conseqüências da violência poderiam e seriam inimagináveis; com a colaboração de outros seguidores, consegue juntar um valor em dinheiro como “empréstimo de guerra” entregando ao chefe dos revoltados para que a cidade fosse poupada...
Passados alguns dias, as tropas federais entram na cidade; os governantes quando disto souberam voltaram as pressas; os heróis que ficaram passaram a ser tachados de “traidores”; numa completa inversão de valores, em que após muitos anos mais tarde, a verdade destes fatos seriam revistos, mas já era tarde demais a injustiça já fora cometida; ela fica só para criar seus filhos, não dever ter sido fácil prosseguir, ainda, mas quanto os acontecimentos foram se sucedendo sem que o “acusado” tivesse tido o direito de sua defesa...
São com certeza, os fatos em si, retratam um “mundo de provas e expiações”, em que podem ser “semeaduras” de ontem, como também, carmas negativos que estão iniciando naquele exato momento; quem poderá saber?
Anos depois, em definitivo, a verdade veio a toma, eles, bem como os demais amigos, jamais foram “traidores”, muito pelo contrário, heróis que deram sua contribuição para salvar a cidade e seus habitantes, o reconhecimento veio tarde demais, suas vidas foram sacrificadas, deixando uma lacuna insubstituível em suas famílias, as crianças prematuramente ficaram órfãs de pais; a vida prosseguia, exigindo mais desvelo e abnegação; alma lúcida e determinada cumpriu com denodo sua missão até o fim...
*MULHERES
No antigo Solar
Janelas entreabertas e curiosas
Escutam poesias
Sussurram lembranças
Enquanto mulheres declamam...
Uma Baronesa
Com sorriso poético,
Desperta de sonhos avitos
Vestida de rendas e saudades... sorri.
Olha a sua volta
E na ausência dos porta-retratos,
Dos sons e dos aromas feudais,
Desliza uma lágrima castiça.
Alonga-se o tempo remido
E começa, como se fora em algum ontem,
A chover...
Vanice Zimerman - 08/03/2015
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*"O Preço da Paz"
*Maria José Pereira Correia - Baronesa do Cerro Azul, natural de Paranaguá, faleceu em Curitiba. Seu esposo Barão do Cerro Azul nasceu em Paranaguá em 06/06/1849, faleceu em 20/05/1894 na realidade foi executado sem julgamento e chance de defesa. Dados da Wikipédia- Curitiba, 16 de março de 2015 – Reflexões do Cotidiano – Saul
http://mensagensdiversificadas.zip.net ou http://www.mensagensespiritas.net63.net
http://www.recantodasletras.com.br/autores/walmorzimerman
*O texto foi escrito em 2015, o colega Adilio dos Santos Lá dVisconde, o leu, quando constatamos que ele era a terceira pessoa a ler. Razão pela qual resolvemos colocar novamente no Recanto.