A cultura é invencível
A humanidade caminha, apesar das circunstâncias que nos transtornam, conturbam e constrangem a nossa existência, em todos os sentidos, positivamente, a cultura tem sido protagonista desse fenômeno, nossa companheira inseparável. Todas as atividades humanas, desde que não sejam apenas biológicas, sempre são culturais, assim, antropologicamente, tal fenômeno nos define entre os seres vivos: aqueles que não são humanos e os humanos, enquanto criativos, porque realizam cultura, principalmente, para sua sobrevivência. Há sempre a razão para que a cultura seja necessária. De modo que, ela se constituiu, desde sua origem pelas mãos e desejos da mulher e do homem primitivo, um paradigma inevitável: ou se faz cultura ou não se sobrevive. Tirando-se daqui outras conclusões definidoras: o humano é o único animal que realiza cultura, de modo espontâneo e criativo, mesmo que, em algumas ocasiões, precise de apoio para isso. Saber quando e onde há carência desse apoio é fruto do discernimento, a sabedoria que se adquire ao longo de vivenciadas experiências, resultando o bom senso, cujos sentimentos transformaram a própria cultura, a conduta social, os costumes, os hábitos e a própria arte, como se fosse o adulto modificando suas roupas da adolescência; ou o adolescente aumentando suas vestes de criança.
Os próprios heróis e heroínas, na nossa História, tidos como protótipos de cidadania, são exemplos de valores na vida cultural, em realizações de excepcionais feitos, que não aconteceram como fatos ou coisas sobrenaturais, exceção dada às figuras sagradas, mitológicas que se distinguiram em contos, como no de Prometeu que, manuseando humus, a úmida argila, fez bonecos de barro, depois, Minerva deu-lhes sopro, introduzindo-lhes espírito, ânimo (animus), e assim, a vida. Culturalmente, tal narração da origem da humanidade (humanitas), a qual vem de humus que significa terra, revela-se muito semelhante à explicação da nossa origem no Livro do Gênesis, na Bíblia, que é bem anterior à da mitologia grega.
Retomando os sujeitos do heroísmo, heróis e heroínas não passaram de personagens também exponenciais no âmbito da cultura, fossem cavaleiros, dirigentes políticos, navegadores, astronautas, futuros habitantes de outros planetas ou apenas carpinteiros, como nos surpreendem tantos trabalhadores ... Todos passaram por um processo significativo interior de endoculturação e transformação, em si e no seu grupo social, principalmente no de origem: a família. Ninguém pode se dizer ser a cultura e que alguém depende dessa cultura, nós todos somos dependentes da cultura, embora tenhamos sido nós que a criamos, a preservamos e a transformamos. Estamos dentro da cultura, desse imenso barco que, por si só é governável, e navega nos mais profundos e revoltos mares...
Mesmo os considerados famosos heróis e heroínas, em toda a literatura universal, feitos de carne e osso, foram educados e influenciados pela cultura, no espaço em que viveram, fosse um Ulisses (Odisseu) de Homero ou um Ulysses, de James Joyce. Pois, fora ou dentro da “visão de mundo”, conduziram-se dentro da cultura, acreditando nas mais comuns virtudes, nos bons hábitos, alguns imprescindíveis ao fenômeno do heroísmo - a perseverança, a coragem e a resultante do equilíbrio: a prudência. Por isso, os heróis e as heroínas, quando falam, não calam seus próprios sentimentos, diretamente ou por metáforas, dizem até alguns sentimentos e confissões de discretas fraquezas. Quando não agem, falam para que suas palavras, aprendidas nas suas culturas, façam parte do seu heroísmo, da sua exemplaridade. Assim também a cultura, superiora ou igual a qualquer ato heroico, em toda sua força de resistência, demonstra-se universal, também relativa, sempre presente e invencível.
A humanidade caminha, apesar das circunstâncias que nos transtornam, conturbam e constrangem a nossa existência, em todos os sentidos, positivamente, a cultura tem sido protagonista desse fenômeno, nossa companheira inseparável. Todas as atividades humanas, desde que não sejam apenas biológicas, sempre são culturais, assim, antropologicamente, tal fenômeno nos define entre os seres vivos: aqueles que não são humanos e os humanos, enquanto criativos, porque realizam cultura, principalmente, para sua sobrevivência. Há sempre a razão para que a cultura seja necessária. De modo que, ela se constituiu, desde sua origem pelas mãos e desejos da mulher e do homem primitivo, um paradigma inevitável: ou se faz cultura ou não se sobrevive. Tirando-se daqui outras conclusões definidoras: o humano é o único animal que realiza cultura, de modo espontâneo e criativo, mesmo que, em algumas ocasiões, precise de apoio para isso. Saber quando e onde há carência desse apoio é fruto do discernimento, a sabedoria que se adquire ao longo de vivenciadas experiências, resultando o bom senso, cujos sentimentos transformaram a própria cultura, a conduta social, os costumes, os hábitos e a própria arte, como se fosse o adulto modificando suas roupas da adolescência; ou o adolescente aumentando suas vestes de criança.
Os próprios heróis e heroínas, na nossa História, tidos como protótipos de cidadania, são exemplos de valores na vida cultural, em realizações de excepcionais feitos, que não aconteceram como fatos ou coisas sobrenaturais, exceção dada às figuras sagradas, mitológicas que se distinguiram em contos, como no de Prometeu que, manuseando humus, a úmida argila, fez bonecos de barro, depois, Minerva deu-lhes sopro, introduzindo-lhes espírito, ânimo (animus), e assim, a vida. Culturalmente, tal narração da origem da humanidade (humanitas), a qual vem de humus que significa terra, revela-se muito semelhante à explicação da nossa origem no Livro do Gênesis, na Bíblia, que é bem anterior à da mitologia grega.
Retomando os sujeitos do heroísmo, heróis e heroínas não passaram de personagens também exponenciais no âmbito da cultura, fossem cavaleiros, dirigentes políticos, navegadores, astronautas, futuros habitantes de outros planetas ou apenas carpinteiros, como nos surpreendem tantos trabalhadores ... Todos passaram por um processo significativo interior de endoculturação e transformação, em si e no seu grupo social, principalmente no de origem: a família. Ninguém pode se dizer ser a cultura e que alguém depende dessa cultura, nós todos somos dependentes da cultura, embora tenhamos sido nós que a criamos, a preservamos e a transformamos. Estamos dentro da cultura, desse imenso barco que, por si só é governável, e navega nos mais profundos e revoltos mares...
Mesmo os considerados famosos heróis e heroínas, em toda a literatura universal, feitos de carne e osso, foram educados e influenciados pela cultura, no espaço em que viveram, fosse um Ulisses (Odisseu) de Homero ou um Ulysses, de James Joyce. Pois, fora ou dentro da “visão de mundo”, conduziram-se dentro da cultura, acreditando nas mais comuns virtudes, nos bons hábitos, alguns imprescindíveis ao fenômeno do heroísmo - a perseverança, a coragem e a resultante do equilíbrio: a prudência. Por isso, os heróis e as heroínas, quando falam, não calam seus próprios sentimentos, diretamente ou por metáforas, dizem até alguns sentimentos e confissões de discretas fraquezas. Quando não agem, falam para que suas palavras, aprendidas nas suas culturas, façam parte do seu heroísmo, da sua exemplaridade. Assim também a cultura, superiora ou igual a qualquer ato heroico, em toda sua força de resistência, demonstra-se universal, também relativa, sempre presente e invencível.