Não escrevi li (lendo) e não gostei.

Essa história que está sendo escrita, a minha caneta não escreveu um parágrafo, entretanto, sou obrigado (estou sendo) a ler. O rascunho não é revisto e tudo é aproveitado. O título é grotesco e a introdução apresenta teses esdrúxulas e sem coesão com a realidade.

Minha caneta não escreveu uma frase dessa narrativa.

O desenvolvimento é repleto de fragmentos de frases de outrora, palavras selecionadas na ditadura dicionarista e a coerência construída sobre o discurso anacrônico. Nada nesse texto apresenta discernimento e o suspense tornou-se comédia. A crônica fúnebre tem leitores vorazes e sectários, prenhes de sofismas e ideias cesaristas.

A totalidade é a busca dessa ficção.

A conclusão? O tempo escreverá.

Não escrevi, li (lendo) e não gostei.

Mário Paternostro