NECESSIDADE.

O alimento comum frequenta o prato das necessidades. E elas são mínimas ou extravagantes. A menor é a que sacia a fome, a maior o acúmulo indevido. Este reside em ter o absolutamente desnecessário, que retira o necessário de quem necessita o mínimo.

O muito de poucos sempre foi na história o nada de muitos....

O pensamento revolucionou no tempo gentes e povos por querença de uma ordem natural de direitos instalada, mas nenhum eco se ouve.

Muitas voltas são dadas e estamos sempre no mesmo lugar. A nota do egoísmo preside este rumo, sem vacilações da constatação sociológica. Uma ou outra, somíticas e episódicas, vitórias conquistadas, salvacionistas, sem pregoeiros do alarde messiânico.

Sempre ausente a feitura da dignidade, se não unânime, minimamente protagonizada.

O alimento comum da necessidade dividido com justiça, sem arroubos de trancamento da liberdade, o maior bem, não desponta, não eclode, e quase nada encontra de sedimentação. Mesmamente sem liberação da selvageria consumista, solução que não soluciona.

Ouçam-se os historiadores, verifiquem-se os movimentos de liberdade, lá estará a necessidade...

Assim é, sem dúvida, alimento comum, a necessidade legítima e a ilegítima, esta sempre empunhando a força, não só armada, mas da segregação da vontade, capciosamente, em urdiduras conhecidas dos mais aparelhados.

Ideias são fictas, necessidade é realidade....que sejam expurgadas as ilegítimas necessidades.

REEDITADO. ORIGINADO EM 2012.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 19/01/2020
Reeditado em 19/01/2020
Código do texto: T6845882
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