NECESSIDADE.
O alimento comum frequenta o prato das necessidades. E elas são mínimas ou extravagantes. A menor é a que sacia a fome, a maior o acúmulo indevido. Este reside em ter o absolutamente desnecessário, que retira o necessário de quem necessita o mínimo.
O muito de poucos sempre foi na história o nada de muitos....
O pensamento revolucionou no tempo gentes e povos por querença de uma ordem natural de direitos instalada, mas nenhum eco se ouve.
Muitas voltas são dadas e estamos sempre no mesmo lugar. A nota do egoísmo preside este rumo, sem vacilações da constatação sociológica. Uma ou outra, somíticas e episódicas, vitórias conquistadas, salvacionistas, sem pregoeiros do alarde messiânico.
Sempre ausente a feitura da dignidade, se não unânime, minimamente protagonizada.
O alimento comum da necessidade dividido com justiça, sem arroubos de trancamento da liberdade, o maior bem, não desponta, não eclode, e quase nada encontra de sedimentação. Mesmamente sem liberação da selvageria consumista, solução que não soluciona.
Ouçam-se os historiadores, verifiquem-se os movimentos de liberdade, lá estará a necessidade...
Assim é, sem dúvida, alimento comum, a necessidade legítima e a ilegítima, esta sempre empunhando a força, não só armada, mas da segregação da vontade, capciosamente, em urdiduras conhecidas dos mais aparelhados.
Ideias são fictas, necessidade é realidade....que sejam expurgadas as ilegítimas necessidades.
REEDITADO. ORIGINADO EM 2012.