Brecht e a cadela do fascismo
ESTAMOS vivendo no país um momento em que a hipocrisia está em alta. Digo isso porque as pessoas e instituições não têm coragem de explicitar o que sentem, de dizer a verdade sem o excesso covarde de precaução. Temem condenar os graúdos, fazem isso apenas com os capachos deles. A verdade é que poupam os verdadeiros responsáveis pela situação vexatória do país no concerto das nações. Prefere-se culpabilizar apenas censurar as figurilhas.
Vejam o fato recente do vexame proporcionado pelo dramaturgo medíocre Roberto Pinheiro, codinome Roberto Alvim. Ele copiou um pronunciamento nazista. Horrível. Absurdo. Repugnante. Devido a condenação nacional e internacional foi demitido. Mas uma pergunta não pode calar: esse capacho tinha chegado ao cargo depois de executar uma tarefa nojenta: atacar e caluniar Fernanda Montenegro, chamando-a de sórdida e mentirosa. Acho que nem Eremildo, o idiota, ignora que o capacho fez esse pronunciamento nazista para agradar os chefes.Sim, porque ele caiu mas a orientação fascista continua.
Sem nenhuma dúvida a escalada de provocações e perseguições contra as artes e a cultura vai continuar. Nada como lembrar Brecht:
"A cadela do fascismo está sempre no cio".
Ah, Brasil. Inté.