147 - Cento e Quarenta e Sete
Muitas vezes se morre por falta de água onde água existe. É na sede que reside o problema. E vejo-me no encantamento pelas histórias de quem as sabia contar. Contos para ser e informar, para escutar e aprender. - Fecha os olhos e escuta a conversa do vento, das folhas, das pessoas. Aprende-se a distinguir, a saber, a conhecer. Ganha-se acuidade. Quantas vezes o que desejamos está ao nosso lado, dentro do improvável, tão inacessível como está fora de questão procurar primeiro no mundo que temos para procurar. Quando voltei cansado de andarilhar abriste-me a porta e senti que, finalmente, havia chegado. Só há rio se o sabemos, só a vontade de beber nos leva á água.