Eu, Thaìsis Caldeira

         Eu, Thaísis Caldeira

Descobri grávida com treze semanas! Confesso que chorei muito! Eu sabia que iria ser uma gravidez de auto-risco! A primeira gestação foi muito difícil também.

         O primeiro bebê sofreu muito tendo que tirá-la aos sete meses para não nascer “gigante” também ficou no CTI...Foi um susto! Enfim, mas fiquei muito feliz por dar um irmão ou irmã para minha primeira filha Beatriz. Foi uma gestação complicada devido a minha diabetes tipo 1.           Assim meu bebê e veio ao mundo com trinta e quatro semanas por excesso de líquido e microssomia fetal e diabetes descompensada.

E assim deu-se o início da minha luta pela vida do meu filho!

         João Guilherme foi o nome escolhido pela irmã e por mim. Ele nasceu cansado com a respiração comprometida indo direto e o CTI neonatal.

         Há! Deus sabe o quanto eu queira pegá-lo no colo para que sentisse o calor do amor, que eu pudesse leva-lo ao peito e falar no seu ouvido que eu o amava...           Mas não!!! Com duas horas de vida e a glicemia muito baixa chegando a (20) foi entubado e assim permaneceu até o dia seguinte quando resolveram tirar o tubo... tentaram por horas, mas logo sedaram e o entubaram para meu desespero.

          Como sofri ao ver o meu filho à beira da morte e sei que Deus estava ali o tempo todo segurando minha mão... Mas tive pessoas queridas que muito me confortaram e oraram por nós.

          Obrigada a todos de coração que de uma maneira ou outra esteve acompanhando cada momento que passamos.

E João estava lutando pela vida a cada minuto...

           Então, trava-se uma batalha árdua! João foi forte resistindo dezoito dias sedado sem alimento tomando quatro tipos de antibióticos!

          Pois, logo veio uma bactéria bem resistente conhecida como kpc levando o meu filho a uma parada cardiorrespiratória, convulsões, hemorragias e tudo isso diante dos meus olhos.

          Mas fui forte, sabia que Deus estava presente, eu tinha certeza! E ainda teve icterícia para agravar ainda mais o quadro clinico do meu filho.

          Para conseguir as cinco bolsas de plaquetas foi mais uma luta em busca de doadores de sangue pela internet e foi muito divulgado por amigos e família!

          E conseguimos mais de vinte doadores ao qual muito agradeço. Gostaria muito de citar as pessoas que doaram e correram atrás para conseguir doadores, mas não temos todos os nomes... foi um sangue poderoso que salvou a vida do nosso Gui... e de outras pessoas...

          Fiquei muito comovida e isso aumentou a fé nas pessoas... Em seguida surgiu uma notícia que veio acabar comigo! Um médico daquele lugar frio e escuro me disse! - O seu filho sofreu um derrame cerebral e afetou o lado direito dele.

          Provavelmente não vai andar, falar, comer sozinho e outras coisas devido a paralisia cerebral, ficarão as sequelas do derrame... Como ele pôde falar assim comigo? Eu penso que toda verdade deve ser dita, mas tem que saber falar com jeitinho... então orei!

          Passado uns dias o teste do pezinho foi diagnosticado uma doença rara (hiperplasia de hondrenal congênita) o meu mundo caiu, não sabia o que pensar!

          Minha fé estremeceu! Só pensava no caixão que teria que comprar para enterrar o meu bebê! O meu pretinho! Tão lindo! Fiquei dias arrasada, tensa com medo da terrível notícia... Mas mantive minha fé.

          Foi quando pedi a Deus para tirar esse sentimento do meu coração! E aconteceu que minha mãe veio me perguntar se alguém poderia vir orar por João no hospital.

           E vieram pastores amigos e da família... Foi então que o Reverendo Danilo, da Paroquia São Miguel Arcanjo conhecido da minha prima Diana se dispôs a essa ação... É claro que aceitei!

          Eu acredito que uma oração ofertada de coração, ela se faz muito mais poderosa! Minha fé agora é uma montanha gigantesca.

          No dia seguinte á tardinha me deparei com aquela pessoa, tão jovem, educada, simpática e com as palavras certas na boca.             E a oração foi como uma canção aos meus ouvidos no leito sete A recepcionista e demais pessoas ficaram encantadas com o Reverendo.            Senti Deus presente e o coração transbordando de tanta esperança ao pedir quem e acalmasse, que eu estava nos braços dele, assim fiz e a fé cada vez mais forte.

          Ao sair do CTI, o Reverendo falou: - ao caminho até aqui o número três não saia da minha cabeça e me perguntou se eu tinha fé e eu disse sim e lágrimas molharam minha face, antes desfeita, mas agora nela se fez vida.

          -Acredite que em três dias vai ter uma resposta. Nossa! Consegui até sorrir! Assim aconteceu na madrugada do terceiro dia minha amiga Jeane presenciou um suspiro do meu filho e a mexer um bracinho.

          Quase não acreditei no que vi! Era a resposta de Deus! E foi se recuperando até que o vigésimo dia, eu e o papai Ronan o pegamos no colo pela primeira vez e no jeito canguru.

          E quando comecei a amamentar aos olhos incrédulos de alguns médicos que achavam que o meu bebezinho vegetava ..., mas era Deus fazendo o milagre na vida dele.

          Finalmente João vai ter alta! Mas antes um médico não queria dar alta porque ele estava com dificuldade para amamentar. Queria que ele ficasse mais uma semana.                      Briguei, bati o pé e não aceitei. Não queria que mais uma bactéria hospitalar o pegasse novamente. Foi difícil, mas conseguimos irmos para casa mesmo com internação domiciliar por vinte dias.

         Ganhamos uma luta e não a guerra! Tivemos que buscar tratamento e acompanhamento médico. Aos quatro meses começamos a fisioterapia da mão direita que permanecia fechada a maior parte do tempo.

         E faz controle com endócrino por causa da tal doença rara. Hoje aos nove meses tivemos notícias que esse exame pode ter dado erro graças a Deus.

          Há! Tem a irmãzinha Beatriz que mesmo com um certo ”ciuminho” ajuda em tudo com relação ao João Guilherme. Com cinco anos faz mamadeira e até troca a fralda sem ter nenhum nojo...

         Hoje faz controle com especialistas e está se saindo muito bem graças a Deus e quando o aos levamos aos médicos eles não acreditam que o vitorioso João passou por tudo isso e sobreviveu sem grandes sequelas e pedem exames para comprovar tudo isso relatados em documentos...

          Contrariando as falas do médico sem alma, o João engatinha, fica em pé e empurra cadeira. E a primeira palavra que ele disse foi: VOVÓ, para a alegria da minha mãe! E depois PAI! Só Deus para explicar O MILAGRE CHAMADO JOÃO GUILHERME.

 

João guerreiro, tão frágil

Tão pequeno

Mas ágil como um leão

Na selva

Texto relatado pela mãe e o pai de João Guilherme Caldeira Soares

Thaísis e Ronan

 

Essa é uma verdadeira história de superação e milagre

Crer em jesus cristo

Que o milagre chegará

A gratidão me resume

 

E assim começamos

Meu bebê está crescendo

São meses de pura gostosura e saúde

Amo minha filha, Beatriz

Amo meu filho, João

Deus sempre comigo

Thaísis

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Thaisis Caldeira
Enviado por Marli Caldeira Melris em 17/01/2020
Reeditado em 21/09/2024
Código do texto: T6844042
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