Pela manhã

Acordo pouco antes das 7 da manhã. Às vezes mais tarde - ou mais cedo.

Gosto do começo do dia, o despertar, sentir o coração pulsar, perceber o quanto é bela a vida.

É sim, ela é esplêndida. É excelente presente, um prêmio. Estar com saúde, física, mental, espiritual, não tem e nem terá preço. Sejamos gratos a Deus por isso. Não reclamemos, não sejamos indolentes. Humildade.

É manhã - e por vezes algum passarinho, em algum lugar (numa árvore, muro, em cima do telhado), ele canta, a deliciar-me por algum tempo.

Me hipnotizo, exiliar suave [ao coração]. Terapia para a alma.

Depois some, vai embora. Distraído, volto à realidade.

E o banho para espertar a mente, me revigorar. Vou a um bairro próximo, área periférica. Vou, caminhando. Quase sempre é assim, faço isso.

Sinto-me bem. Muitos devem ter rotina semelhante.

A rua principal sempre movimentada, agitada.

Feirantes, ônibus, motos, bicicletas, pedestres. Lojas, lanchonetes, farmácias, igrejas, o mercado municipal.

E muitos produtos.

Tomo café com tapioca, numa barraca ao ar livre. Suco de laranja natural. O preço é em conta, barato.

Gosto da simpatia da vendedora, Mariza. Tem sorriso agradável, espontâneo – é comprometida com outra. Trata todos bem.

Daí que mantenho o devido respeito.

Refiro-me a não dar “cantada” nela, nada disso. Nem pensar.

Gosto de estar ali, naquele espaço bem popular, ver as pessoas comprando frutas, frango – tem muita coisa por lá.

Um constante vai-e-vem. Penso: não fosse o povo, as pessoas, a vida seria, digamos, fria, tediosa.

Certamente que logradouros assim existem nos quatro cantos deste Brasil – e não só aqui.

No mundo também.

Salatiel Hood
Enviado por Salatiel Hood em 16/01/2020
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