O padre que rezava missa com o revólver na mão
Contam os moradores da roxa terra no norte paranaense, que na década de 60 do século passado por lá chegou um padre alemão que poucos sabem como se escreve o nome e que marcou muito - não só na comunidade católica, mas em toda a população.
E também pelos seus 1.90m, pesando 110 quilos e o rosto grande e vermelho.
Na primeira semana de sua estadia andou por toda a cidade observando tudo e sem dizer uma palavra.
Na primeira celebração provocou risos pelas palavras – mistura de portunhol e alemão. Ao final da missa avisou: - Quem ri hoje chora amanhã.
Ao chegar ao altar para sua segunda missa, sem nenhuma cerimônia colocou o revólver de cano longo em cima do altar. Ninguém sabe dizer se o mesmo estava ou não municiado, mas pergunte se alguém riu de sua fala atrapalhada nesse dia e nos seguintes.
Em um de seus sermões que citava judeus, disse sem temor: - “Esses mesmos judeus filhos da putas que mataram Jesus”, para espanto dos fiéis.
Os mais observadores revelam (com certa reserva) que as confissões de prostitutas com o padre não duravam mais de dois minutos. Mas das santas da sociedade passava de 10.
Na hora das ofertas, o padre ficava ao lado da cesta onde era depositada as oferenda$ com o tal cano longo na mão. E não foram poucas as vezes que alguns abastados, após uma conversa no ouvido, foram vistos colocando a mão no bolso e depositando um pouco mais.
O que era dito (e ouvido) ninguém se atreveu a contar.
Alguns fiéis mais conservadores se manifestaram dispostos a escrever ao bispo diocesano revelando o comportamento de padre. Não se tem notícia se alguém se encorajou, embora dois anos depois o dito cujo foi transferido. Poucos sabem para onde.
Deixou saudade? Acreditamos que não. Mas muitas histórias (algumas ainda não reveladas) com certeza.