Somos todos a Paraíba
Depois de ter acontecido tanto gosto, principalmente na área musical, pela cultura considerada erudita, sem alguma campanha, sem desmontar ou diminuir o construído, tampouco sem qualquer intenção de confinar a cultura em determinada área, como exemplo, ao folclore, revalorizam-se tradições, expressões linguísticas, crenças, religiões, artes, contos, danças e canções, que se originaram nas raízes étnicas do nosso povo. Salto enorme foi dado no artesanato, enquanto a pedido dos artesãos, João Azevêdo, traz agora a 31ª edição do Salão do Artesanato a um topos de elegância, distinção e prestígio. São sinais novos que demonstram a cultura popular sendo vista com bons olhos.
Destarte, não só, a SECULT colhe valores, junto às injustiçadas minorias, e, numa visão surpreendente, constata que tais valores não são isolados, mas que, em cada uma dessas minorias, eles formam um sistema, culturalmente, unindo e reunindo, como uma corrente, seus preservados costumes e modus vivendi. A atual política cultural do Estado destaca, com palavras de valorização e resgate, seriamente, a cultura dos nossos nativos indígenas; a dos nossos nômades ciganos, estabelecidos na nossa terra; e, especialmente, a quilombola que se conserva em dezenas de quilombos, espalhados em lugares esmos, onde se escondiam, defendendo-se da então perseguição dos escravocratas. Dentro ou fora desses quilombos, essas comunidades representam a enorme contribuição afrodescendente à cultura brasileira. Noutros países, onde houve a presença africana, a cultura é ricamente diferenciada. Visitamos e nos reunimos com mais de quatro dezenas de comunidades quilombolas, existentes no sertão, no cariri, no brejo e no litoral. Pois, a cultura não nasceu, nem se originou para andar em caminhos errados ou como errante, mas para respeitosamente morar, no seu habitat. Para andar por todos os caminhos daqui e entre nós, enfim “somos todos Paraíba”, um só povo, e assim a se considerar, uma só cultura: a paraibana. A cultura nos unifica.
O bom e o continuado relacionamento, com as culturas dessas três partes menos numerosas da nossa população, significa também um reconhecimento do seu forte contributo à sociedade como um todo, como a valiosa existência dessas comunidades in group, sobrevivendo, com suas características próprias, frente à violência simbólica dos grupos dominantes, através da economia, da política, da religião e da ideologia, muitas vezes, sob o manto do proselitismo das crenças e da conversão religiosa. No fundo e ao mergulhar nessa diversidade, descobrimos que, em todos os sentidos, “todos somos Paraíba”. No aspecto cultural, alguns antropólogos têm observado que, não obstante o caldeirão que reúne tantas etnias, a identidade da cultura não é ainda unicamente brasileira, mas se mantem ultimando a sua formação. Assim também prossegue a paraibana. A SECULT, ao se voltar aos quilombos, também muito vem aprendendo com os quilombolas, coisas notáveis, de pura afrodescendência, o que se estende também no que respeita ao Brasil.
Essas ações têm impressionado vários estados de maior população indígena e negra, como os nossos vizinhos pernambucanos, riograndenses e baianos. Nessas realizações, manifestam-se as reservas mais ricas da cultura indígena e quilombola, no Nordeste. Isso era coisa vivida, em recônditos escondidos, porém não tanto sabida, compreendida e sentida. Tal iniciativa, através de reuniões, simpósios, oficinas e festivais, marca, diferentemente de apenas um show ou espetáculo, a preponderante e principal alternativa de que cultura é vida. Essas comunidades nos têm recebido com muita afabilidade. Por lá, ouvimos dos quilombolas: “Depois desse Festival da Cultura Quilombola, este Quilombo Caiana dos Crioulos jamais será o mesmo...”
Depois de ter acontecido tanto gosto, principalmente na área musical, pela cultura considerada erudita, sem alguma campanha, sem desmontar ou diminuir o construído, tampouco sem qualquer intenção de confinar a cultura em determinada área, como exemplo, ao folclore, revalorizam-se tradições, expressões linguísticas, crenças, religiões, artes, contos, danças e canções, que se originaram nas raízes étnicas do nosso povo. Salto enorme foi dado no artesanato, enquanto a pedido dos artesãos, João Azevêdo, traz agora a 31ª edição do Salão do Artesanato a um topos de elegância, distinção e prestígio. São sinais novos que demonstram a cultura popular sendo vista com bons olhos.
Destarte, não só, a SECULT colhe valores, junto às injustiçadas minorias, e, numa visão surpreendente, constata que tais valores não são isolados, mas que, em cada uma dessas minorias, eles formam um sistema, culturalmente, unindo e reunindo, como uma corrente, seus preservados costumes e modus vivendi. A atual política cultural do Estado destaca, com palavras de valorização e resgate, seriamente, a cultura dos nossos nativos indígenas; a dos nossos nômades ciganos, estabelecidos na nossa terra; e, especialmente, a quilombola que se conserva em dezenas de quilombos, espalhados em lugares esmos, onde se escondiam, defendendo-se da então perseguição dos escravocratas. Dentro ou fora desses quilombos, essas comunidades representam a enorme contribuição afrodescendente à cultura brasileira. Noutros países, onde houve a presença africana, a cultura é ricamente diferenciada. Visitamos e nos reunimos com mais de quatro dezenas de comunidades quilombolas, existentes no sertão, no cariri, no brejo e no litoral. Pois, a cultura não nasceu, nem se originou para andar em caminhos errados ou como errante, mas para respeitosamente morar, no seu habitat. Para andar por todos os caminhos daqui e entre nós, enfim “somos todos Paraíba”, um só povo, e assim a se considerar, uma só cultura: a paraibana. A cultura nos unifica.
O bom e o continuado relacionamento, com as culturas dessas três partes menos numerosas da nossa população, significa também um reconhecimento do seu forte contributo à sociedade como um todo, como a valiosa existência dessas comunidades in group, sobrevivendo, com suas características próprias, frente à violência simbólica dos grupos dominantes, através da economia, da política, da religião e da ideologia, muitas vezes, sob o manto do proselitismo das crenças e da conversão religiosa. No fundo e ao mergulhar nessa diversidade, descobrimos que, em todos os sentidos, “todos somos Paraíba”. No aspecto cultural, alguns antropólogos têm observado que, não obstante o caldeirão que reúne tantas etnias, a identidade da cultura não é ainda unicamente brasileira, mas se mantem ultimando a sua formação. Assim também prossegue a paraibana. A SECULT, ao se voltar aos quilombos, também muito vem aprendendo com os quilombolas, coisas notáveis, de pura afrodescendência, o que se estende também no que respeita ao Brasil.
Essas ações têm impressionado vários estados de maior população indígena e negra, como os nossos vizinhos pernambucanos, riograndenses e baianos. Nessas realizações, manifestam-se as reservas mais ricas da cultura indígena e quilombola, no Nordeste. Isso era coisa vivida, em recônditos escondidos, porém não tanto sabida, compreendida e sentida. Tal iniciativa, através de reuniões, simpósios, oficinas e festivais, marca, diferentemente de apenas um show ou espetáculo, a preponderante e principal alternativa de que cultura é vida. Essas comunidades nos têm recebido com muita afabilidade. Por lá, ouvimos dos quilombolas: “Depois desse Festival da Cultura Quilombola, este Quilombo Caiana dos Crioulos jamais será o mesmo...”