O seu Craysson da Educação* (10/01/2020)
O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, voltou a cometer um erro de ortografia, quando escreveu nas redes sociais "imprecionante" (com “c”) em vez de "impressionante" (com “ss”). A palavra foi escrita na quarta-feira, 8, em resposta ao deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Os dois tratavam pelo twitter de um assunto sobre investimentos em pesquisas de segurança pública.
Por meio de um ofício, enviado ao Ministério da Economia, em agosto último, Weintraub utilizou os termos "paralização" (com “z” em vez de “s”) e "suspenção" (com “ç”, quando deveria grafar “s”), que não existem em português.
Após a repercussão negativa, ele afirmou que "erros acontecem". Entretanto, em maio de 2019, o ministro já havia trocado o nome do escritor Franz Kafka por "Kafta". E, em junho, do mesmo ano, tentando se referir aos "asseclas" do PT, escreveu "acepipes".
Sim, de fato, erros de ortografia e gramática acontecem e todos cometemos, mesmo com as correções automáticas dos smartphones e, principalmente, porque a língua portuguesa é uma das mais difíceis do mundo. Até mesmo neste texto você vai encontrar algum desacerto.
Muito embora, quando se trata de um Ministro da Educação, e que tem no seu currículo um MBA executivo internacional e um mestrado em administração, além de ser um festejado professor universitário, e “com ampla experiência em gestão”, como referendou o presidente Bolsonaro, convenhamos, a repercussão é um pouco diferente.
Agora, os erros do “seu Creysson” são menos graves que os já cometidos à frente da pasta: ofensas a chefes de estado; discussão com manifestantes em público; violação dos direitos fundamentais dos educadores, permitindo a filmagem de professores, em salas de aulas; e acusar as universidades brasileiras de “madraças de doutrinação”, “antros de prostituição e drogas” e “locais de balburdia”, são alguns exemplos de suas “catedráticas” fundamentações.
Em maio de 2019, foi divulgado o histórico escolar de Weintraub no curso de economia na USP. As imagens mostravam que ele foi reprovado em nove matérias em apenas três semestres, teve várias notas baixas e pouca frequência nas aulas. Weintraub reconheceu a veracidade do documento e atribuiu seu mau desempenho a problemas familiares e de saúde.
Certamente, pois Weitraub é mal-educado, turrão, indelicado, inconsequente, irresponsável... - Mas, burro ele não é.