O EMBATE ENTRE O PAI E OS FILHOS. SOFRIMENTO.
Quando a angústia cerca a todos na névoa do pessimismo, que não abre horizontes melhores no tratamento da problemática social que intimida e que teima em ser vagarosa em soluções ao menos saídas do esboço para a prática efetiva,(educação, saúde, segurança), deve o homem voltar-se para si, mergulhar no âmago de seu interior e questionar seu Deus que ensinou e não é acatado. Aspirando e esperando o momento certo da fusão do ideal com a realidade que nunca chega estão todos os filhos, os que aprenderam e os que recusam o ensinado. Não há uma posição que pacifique e ordene o interior de cada um que busca paz e harmonia, dignidade para todos.
O Brasil acreditado em muitos credos anda por esses caminhos, em desvios e acertos, aqueles superando estes.
O Deus que todos procuram, agnósticos ou não, conscientes ou não da busca, ensinou para ser absorvido. Como O melhor dos Professores.
Viver sem em nada crer, é um nada que nos transforma em nada.
Somos todos filhos da fraqueza humana, só se é forte em Deus, como um filho que fragilizado procura o pai.
Quem dirá em contrário? Quem não conhece sua origem e destino, ou conhece vagamente respostas para esses dilemas, se fragiliza. E precisa do Pai. Pretendemos mais conforto espiritual do que exercer a espiritualidade; e o fazemos mais pelo temor que pela reverência aliada ao conhecimento, por isso se torna difícil o acesso. Para muitos filósofos e cientistas, o medo inventou Deus e as religiões. Mas a paternidade é o grande abrigo, a Casa do Pai.
Esse Deus inatingível por caminhos normais, buscado, realmente perseguido pelas fraquezas humanas, estaria em algum lugar ouvindo nossos lamentos, todos? O Deus do filho unigênito que sofreu pela justiça da caridade que se projeta na igualdade do mínimo em dignidade, que não se resolve por nenhuma estrutura do pensamento humano, onde está? Precisamos de respostas pela fé que elas acontecerão. Na Paz de seu Filho, o Cristo, na serenidade de sua Mãe, a Virgem.
Ou os cientistas concentram a razão, estando certos, de que nada mais somos do que mutação de matéria, pó animado? E temos que sofrer as agruras de não ter o mínimo para a dignidade, e contar com a sorte, quando assim se apresentarem os problemas sociais. Estão aí as guerras, as divisões, os êxodos, os refugiados, o mal dominando, as necessidades.
Tudo muito complexo para quem se informa e dá um passo a frente no conhecimento da história da humanidade e, exerce o sentido da fé de forma racional, e se surpreende, quando verifica que no mesmíssimo lugar em que foi erigida a sede da Igreja Católica, por Pedro, a mando do Cristo, no Vaticano, imediatamente e verticalmente abaixo do altar principal, onde se encontra o túmulo de São Pedro, e se erguem as quatro colunas do inigualável escultor Bernini - Baldaquino - encontrou-se em passado não muito distante, altar dos antigos druidas, local onde se cultuava a “virgem que iria dar à luz”, construído em época obviamente antecedente ao nascimento do Cristo. Extrema coincidência? Não. Um rastro de luz!
E voltamos à advertência do genial Shakespeare: “não ouso crer nem descrer de nada”.
O que seria maior que o amor? Nada!
Esse amor pregado, discutido, vivenciado e negado pela sociedade dita organizada, se agigantou em sua mãe, Nossa Senhora, Maria, em seu sofrimento. Ele, o Cristo, vocábulo que significa salvação, que dividiu o tempo e as épocas, o amor que se entregou ao martírio; ela, a mãe, dogma do amor maior pela doação plena que se expande na imensurável dor de ver o filho martirizado, fazendo-o resignadamente. Tudo na lágrima muda vertida do Gtsemâni que nos chega séculos afora até hoje.
Rogamos para que Ela como de outras vezes surja ao mundo para acalmar os que sofrem e reordenar a boa vontade.