Uma Janela para o Mundo
Tive de ficar algumas horas sozinho, conversando comigo mesmo, observando, criticando, indagando, enfim, refletindo sobre meu dia.
Entrei no banho com uma cabeça. Saí com outra. A aula do Eu Comigo foi útil. Autoavaliação. Uma visão do Eu em Ascensão. E, cacofonicamente ou não, a locução "do Eu" teve sim suas dores (lembrar de coisas de que eu não queria me lembrar, mas...); no entanto, apontou minhas falhas e a mudança que devo fazer. Buda tem sido uma Lição Histórica e Atemporal, ainda que paradoxalmente, claro. A alma que alimenta a maledicência, que investe seu tempo para reclamar de quase tudo, atrofia-se. Deixa de tirar lições de situações adversas e aniquila-se. Por outro lado, a alma que vê na ferida, no sangramento, em cada "NÃO" com que é atendida, uma fonte de aprendizagem, tende a fortalecer-se com as experiências circunstanciais não muito agradáveis. O passado pertence ao NADA -- ente este que é negado até pela Física de Partículas (por conta da impossibilidade de algo assim, totalmente neutro, vazio e que não ocupa espaço nenhum existir) -- e, sendo parte simbólica do Tempo, não tendo propriedades físicas como o espaço, não pode ser acessado. Nossas experiências passadas contribuem para nossas experiências presentes e até futuras. A Memória é responsável por fazer essa "ponte" imaterial entre os três entes temporais.