Primeira segunda-feira de 2020 em BH
Belo Horizonte vem se mostrando tão brilhante, acolhedora, bem limpinha, com árvores e flores em tons ainda mais coloridos.
Como me faz bem caminhar pela folclórica Rua da Bahia.
E pela praça da Liberdade, admirando suas fontes, ouvindo muitos pássaros a cantar e a voar.
Observando pessoas que correm, se exercitando com alegres sorrisos em seus lábios.
Caminhando tranquilo, sigo vagarosamente em passos de limacídeos.
O sol das tardes de janeiro no bairro de Lourdes chega a me encantar.
Parece ser o mesmo sol e atmosfera da minha distante infância em Itabira.
Contribui muito o fato de ser um tempo de férias, com pouco trânsito, do jeito que pedi a Deus.
Vejo crianças acompanhadas de seus pais, de seus avós ou de seus tios.
No Xodó, pessoas lancham, saboreiam sorvetes, e proporcionam um cenário multicolorido aos nossos olhos.
A época é de chuvas, muitas nuvens vagueiam ao longo do céu.
Tudo isto é tão esplêndido, e é ludicamente inspirador.
Ouço turistas de algumas nações, expondo suas diferenças, mostrando-se felizes e confiantes.
Dou informações a um ou outro, sinto-me muito estimulado.
Já bem umedecido pelo suor, busco uma sombra e aconchego-me em um banco da praça.
A calmaria me envolve, me faz sentir seguro e me sugere um conforto.
Fecho meus olhos por um breve instante, e me permito imaginar que esteja voando, ao som de uma gostosa cascatinha... que na verdade era o som da fonte bem à minha frente.
Naquela atmosfera bem a meu favor, pouco me importavam as horas, ou mesmo o tempo.
Eu sabia bem que os minutos passavam; as horas, porém, me pareciam não avançar.
Pelo menos enquanto aquele sol tão energizante me aquecia e parecia ser um grande holofote a focalizar aquele cenário tão refém da poesia e da paz.