Será que somos descartáveis?
Eu tenho o costume de refletir sobre as relações humanas, ou melhor, o que costumo observar.
No fim, chego à seguinte conclusão:
SOMOS TODOS DESCARTÁVEIS!
Pois o ser humano interage com o outro de acordo com o prisma de seu interesse.
Para uma melhor compreensão, o outro te observa com as seguintes questões:
O que o Fulano tem a me oferecer?
O que eu posso obter com a amizade do Beltrano (a)?
O que eu posso ganhar com o Cicrano (a)?
O que eu posso usufruir de tal amizade?
São inúmeras as questões, ou até mesmo a mulher do outro ou o marido da outra!
Isso é um círculo vicioso, amizades movidas a engrenagens de interesses e falsidades.
Estou falando isso, não é porque eu seja a santa da história, estou passando bem longe disso.
O que me leva a compreender que estamos vivendo em uma sociedade doente, aonde tudo é permissivo, de acordo com o caráter ou a falta dele.
A pessoa não mede o seu valor pelo o que se é, mas sim, por aquilo que se tem e pelas vantagens que se pode angariar.
Olhando pelo outro lado da moeda, se certo indivíduo não compactua com tal tipo de comportamento, independente de seu gênero, este é deixado de lado.
E com certeza sofrendo pré julgamento de sua conduta... De sua inteligência... Até mesmo de sua moral.
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Na verdade...
O ser humano é somente uma pessoa descartável, perante a sociedade.
É muito fácil precisarmos de alguém, lembrarmos dele e depois o deixarmos de lado, como se não mais existisse.
E, claro, não faço isso!
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Desde que o mundo é mundo e que a política existe, esta roda gira de uma maneira desigual.
Em épocas de eleições o pobre é lembrado...
Enquanto, aquele que está no poder usufrui do trabalho dessas mesmas mãos que o colocaram ali.
E o que ganha em troca é o convívio com a violência e o medo de ser o próximo na estatística.
Quem na verdade é o bandido nesta história:
O pobre e o favelado que não teve a oportunidade de seguir na vida ou o político que está no poder e assina a sua execução?
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No fundo...
Bem no fundo...
Seja em quais esferas, em nosso convívio com a sociedade ou até mesmo familiar...
Somos descartáveis em quaisquer situações.