Será que somos descartáveis?

Eu tenho o costume de refletir sobre as relações humanas, ou melhor, o que costumo observar.

No fim, chego à seguinte conclusão:

SOMOS TODOS DESCARTÁVEIS!

Pois o ser humano interage com o outro de acordo com o prisma de seu interesse.

Para uma melhor compreensão, o outro te observa com as seguintes questões:

O que o Fulano tem a me oferecer?

O que eu posso obter com a amizade do Beltrano (a)?

O que eu posso ganhar com o Cicrano (a)?

O que eu posso usufruir de tal amizade?

São inúmeras as questões, ou até mesmo a mulher do outro ou o marido da outra!

Isso é um círculo vicioso, amizades movidas a engrenagens de interesses e falsidades.

Estou falando isso, não é porque eu seja a santa da história, estou passando bem longe disso.

O que me leva a compreender que estamos vivendo em uma sociedade doente, aonde tudo é permissivo, de acordo com o caráter ou a falta dele.

A pessoa não mede o seu valor pelo o que se é, mas sim, por aquilo que se tem e pelas vantagens que se pode angariar.

Olhando pelo outro lado da moeda, se certo indivíduo não compactua com tal tipo de comportamento, independente de seu gênero, este é deixado de lado.

E com certeza sofrendo pré julgamento de sua conduta... De sua inteligência... Até mesmo de sua moral.

***

Na verdade...

O ser humano é somente uma pessoa descartável, perante a sociedade.

É muito fácil precisarmos de alguém, lembrarmos dele e depois o deixarmos de lado, como se não mais existisse.

E, claro, não faço isso!

***

Desde que o mundo é mundo e que a política existe, esta roda gira de uma maneira desigual.

Em épocas de eleições o pobre é lembrado...

Enquanto, aquele que está no poder usufrui do trabalho dessas mesmas mãos que o colocaram ali.

E o que ganha em troca é o convívio com a violência e o medo de ser o próximo na estatística.

Quem na verdade é o bandido nesta história:

O pobre e o favelado que não teve a oportunidade de seguir na vida ou o político que está no poder e assina a sua execução?

***

No fundo...

Bem no fundo...

Seja em quais esferas, em nosso convívio com a sociedade ou até mesmo familiar...

Somos descartáveis em quaisquer situações.

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 07/01/2020
Reeditado em 09/01/2020
Código do texto: T6836557
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