Coisas da vida :
Como viver novamente, no dia que se aproxima, e nos espera, com a boca escancarada se nosso ser esta tão envolvido com o que deixamos para tráz?
Como buscar outros caminhos, se nossos passos trazem o ranço de outros caminhos? E as distâncias a nossa frente parecem grandes demais?
Como encarar o novo, se antes, as velhas lembranças fazem moradia em nossa memória, e nosso sentimento não tem outros momentos a não ser rever, o que a muito temos sentido?
Como encontrar novo sentido, se nosso ser esta todo envolvido, absorvido com o passado?
O tempo não é o que fazemos dele? Ou com ele faremos? Porquê então não o reestruturamos, moldando com novas possibilidades?
Assim as perguntas vão se sucedendo dentro de meu pensamento, dentro de meu peito velhos sentimentos vão ecoando,melhor seria que fossem águas a escoar por entre meus dedos, água a correr para outros cantos para alêm de mim mesmo!
Silêncio um tantinho meus pensamentos, meus sentimentos tento deixar em um canto! Quero outras formas de viver meus dias, as minhas horas... A areia da ampulheta não espera nada... A morte se aproxima celere!
Coisas todas da vida cotidiana, estas perguntas, estes pensamentos, estes sentimentos que não encontram respostas nem guarida!
Morrer assim... Sem respostas?
Viver assim imerso em tantas duvidas?
Melhor... Voltarei a face para o beijo que me espera!
A boca deixarei que silencie os resmungos, noutra boca...
O pensamento que busque caminhar em outras esferas...
Os sentimentos que se envolvam em outro sentimento!
Também é coisa da vida esta entrega ao acaso da própria vida! As feridas se fecharão por si mesmas.
Alegrias chegarão ao coração e á alma!
Que outros braços se ofereçam em abraços, outras bocas em outros beijos... O sexo em outro sexo!
Que danem-se as perguntas, os mistérios!
Que as duvidas mofem num canto do pensamento!
Também é coisa da vida deixar de lado o que não tem remédio, dizem que já esta remediado...
Coisa da vida é isto: Revolver em nós o que temos a muito guardado a sete chaves... E por falta de opção, coragem ou tato, deixarmos novamente de lado...
E que venha o próximo ato!